Depois que meu neto nasceu, há pouco mais de dois anos, meus olhos são atraídos para as crianças de um modo mais terno e intenso. Passam crianças num carrinho de bebê e me lembro dele em seus primeiros meses. Passam crianças correndo e me lembro dele agora, sempre disparado, parecendo que aprendeu a correr mais que a andar. Passam crianças de bicicleta e logo imagino ele daqui a pouco tempo, pedalando com energia e alegria.
Penso nele. Do passado, me recordo a doçura dos primeiros tempos de sua existência. Do presente, colho uma grande saudade, já que estamos distantes, em países diferentes. Do futuro, fico com a expectativa e a esperança de que cresça saudável e feliz. Parece que o Guilherme tomou conta de boa parte do meu coração. O que não me preocupa, pois amor não ocupa espaço.
Numa praça vejo crianças se divertindo nos balanços. Toda criança gosta do ir e vir deste brinquedo, tão simples e encantador. O vento bate no rosto, a criança tem a sensação de voar e ao mesmo tempo sente a segurança das cordas que as mãozinhas seguram com força. Quando na posição mais alta, já não se vê a paisagem: é quase um pequeno passeio ao céu.
Fico pensando que o balançar é apresentado às crianças já nas primeiras horas de seu nascimento. A gente segura um recém-nascido e intuitivamente já sai balançando, ainda mais se estiver chorando. Talvez para que ele ache que o mundo é uma espécie de útero enorme, onde até então sacudia ao sabor dos movimentos da mãe.
Quando a criança vai para casa o balançar continua, para acalmar, para ninar, para dormir. Há até mesmo os berços que balançam, talvez hoje em desuso. Mas é daí que vem a famosa frase “a mão que balança o berço”, expressando a importância da maternidade e seu valor na vida de cada um de nós. A mão da mãe que nos balança é a mesma que nos guia.
Depois crescemos, mas o balanço não sai de nós. Isso explica a sensação agradável que temos, por exemplo, ao desfrutar de uma rede na varanda. Naquele vai e vem tem um pouco de colo de mãe, de brincadeira de criança, de conforto e proteção.
Faz lembrar uma frase de Montaigne:
“O mundo não passa de um balanço perene.”
E nesse ir e vir, ora para frente, ora para trás, vamos seguindo pela vida parecendo que o nosso destino é balançar sempre. Do berço ao túmulo. Pois quando já não temos condições físicas de desfrutar de uma rede embaixo de árvores, saciamos nosso desejo de movimento na famosa cadeira de balanço, que os mais velhos precisam e merecem.
A gente balança antes de andar.
A gente balança quando já não pode mais andar.
Recordo que meu pai, já aos 100 anos, passava as tardes na varanda do apartamento numa cadeira de balanço dessas mais modernas, com molas. Ficava horas ali, fitando a paisagem e olhando o mar que tanto admirava, impossibilitado de flutuar naquelas águas, de boiar ao sabor do movimento das ondas. Sacudia na cadeira de balanço seu corpo já cansado de tantos mergulhos pela vida afora. Permanecia ali, no vão movimento, sem sair do lugar. Era como tomar um banho de mar à seco.
Num desses momentos cheguei em sua casa e lá estava ele, olhar meio vidrado, parado e triste, vendo a vida lá fora, atraente e inacessível. Sua expressão era a de um ator relegado a espectador.
Interrompi seu idílio:
— Pai, vim te ver. Você está bem?
A resposta veio sob a forma de um erguer de sobrancelhas e um inclinar de cabeça em direção ao ombro, como a significar uma resposta entre o sim e o não. Depois, o mesmo movimento em direção ao outro ombro. Um balanço de cabeça para representar seu conformismo com o inevitável.
Animou-se a me perguntar:
— Como estão as crianças?
Eu sabia que “as crianças” eram seus filhos (todos com mais de 60 anos), além de seus netos e bisnetos.
— Todos bem, pai. Tudo tranquilo.
— Que bom.
E depois de um breve silêncio, completou:
— Eu não suportaria se algo acontecesse a algum de vocês.
Percebi naquele dia que o comentário era, na realidade, um pedido. Ele quis me dizer que se algo ruim viesse a acontecer com alguém da família, preferiria não saber. Sim, melhor a mentira que um sofrimento que já não podia suportar.
Aquele homem forte e corajoso ao longo de toda a vida, estava agora com o corpo enfraquecido e já não tinha mais a mesma têmpera. A coragem também envelhece…
Felizmente ele faleceu sem que fosse preciso mentir.
E ao percorrer estas memórias, me arrisquei a um pequeno poema sobre este vai e vem da vida:
Ele se foi num lindo domingo de sol
Ele chegou num lindo domingo de sol
Um partiu sereno, sem sofrimento
O outro chegou sereno, sem chorar
Ele viveu muito, 103 anos
Ele estreou na vida agora
Um partiu frágil, inspirando cuidados
O outro chegou frágil, inspirando cuidados
Ele foi para o céu, deixou saudades
Ele veio do céu, trouxe amor
Foi-se o meu pai, veio o meu neto
Vidas que se entrelaçam no meu coração
O mistério da morte
A magia do nascimento
Deus nos fazendo brincar
No balanço da vida.
Antonio Carlos Sarmento
Cacau!! Que maravilha amigo!!
Muito profundo e de extrema intensidade.
Parabéns!
Gilvan Lima
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Amigo Gilvan,
Fico feliz de receber seu comentário e saber que apreciou a crônica.
Desejo ao amigo uma ótima semana.
Grande abraço!
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A vida nos trás muitos presentes sendo o maior, a própria vida que se multiplica.
São infindáveis as suas possibilidades e nuances, nos levando a um estado de admiração e milagre.
Se olharmos pra fora, o quê nos rodeia , uma cadeia admirável de coisas e pessoas que quase são nós mesmos e perde las, faz nossas vidas sem sentido.
É um privilégio olhar para os extremos da chegada e partida.
Abraços primo e que a saudade seja para você uma benção.
Bom domingo.
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Caro primo Rômulo,
A saudade primeiro dói e só depois se transforma em algo mais ameno, embora sempre presente. Você deve sentir o mesmo pois seu pai foi uma pessoa memorável!
Um grande abraço e desejo uma ótima semana!
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Dizer o que sobre essa crônica/poema.? Tenho netos, 5 sementes que me provam a imortalidade, porque estamos neles, e assim vejo a continuidade da vida. 2, o mais celho e o mais novo, moram aqui nos EUA mas no Texas, eu em Miami. 3, trigemeos, vivem em Braga, Portugal, onde nao pude nem programar visita-los por questões sanitarias. Mas te digo com feanqueza que tenho pena de casais que optam por não terem filhos. Nunca saberão o prazer e amor de ter netos… Bom domingo e que Deus abençoe voce, sua familia e seu neto.
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Amigo Luigi,
Compartilhamos este sentimento de netos distantes.
Felizmente os meios de comunicação hoje nos permitem muito contato, o que faz diminuir a distância.
Seus trigêmeos estão perto do meu neto. Ele mora no Porto, próximo de Braga.
Imagino sua alegria de ver os três!!!
Mais uma vez agradeço seu comentário e sua gentileza. Desejo uma ótima semana, com muito contato com seus 5 encantos!
Grande abraço!
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Inspiradíssimo meu amigo. E que reflexão profunda me trouxe!!! Parabéns!!! E obrigada!!! 👏👏👏
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Marcia,
Muito bom que crônica tenha lhe proporcionado uma reflexão profunda.
A leitura deve nos trazer emoção e fazer o nosso pensamento viajar.
Obrigado por comentar.
Grande abraço e desejo uma maravilhosa semana!
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Prezado Antonio Carlos:
Com o passar dos anos, descobri que ser avô é melhor do que ser pai. É muito agradável ter os netos bem próximos de nós, cercados pelos nossos filhos, também, muito amados e queridos.
Parabéns pelo belo artigo.
Do se tradicional e assíduo leitor,
Carlos Vieira Reis
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Caríssimo amigo Carlos,
Sei do seu privilégio de ter sua filha e seu neto morando bem pertinho, do outro lado da rua.
Você é um sortudo!
Grato pelo comentário. Desejo ao amigo e sua família uma maravilhosa semana.
Grande abraço, meu assíduo leitor!
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Querido amigo.
O que dizer dessa crônica ?
Muito difícil dado a diversidade de ensinamentos, experiências, vivências e verdades sobre a nossa existência…
A sua frase de que o amor não ocupa espaço e dentro disso a vida ser um eterno balanço é de uma profundidade imensurável.
Cacau meu amigo. Convivo com você há muitos anos mas me penitencio por antes não ter mensurado anteriormente a sua sensibilidade em expressar tanta beleza que esse balanço da vida nos reserva.
Essa crônica com certeza foi uma das melhores que escreveu.
Eu seria injusto em tecer algum comentário que de alguma forma pudesse macular coisas tão ricas e verdadeiras que escreveu. Citar o seu pai nas suas crônicas sempre me emocionam e a constante presença do Gui não necessita de comentários. Obrigado e parabéns dileto amigo.
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Amigo Nei,
Seu comentário me emocionou. Muita sinceridade e sensibilidade!
Você tem razão em me conhecer há tanto tempo e mesmo assim se surpreender com algumas coisas. Eu também me surpreendo.
Escrever vai revelando um “eu” que estava lá quieto, esperando uma rota e que passa a se expressar de modo mais pleno.
Sei que aprecia quando me refiro à minha família, o que me faz lembrar de você quando estou escrevendo sobre este tema.
Fico feliz que tenha gostado da crônica e agradecido por estar sempre acompanhando.
Um afetuoso abraço e manda um beijo para a Jaciara!
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Meu querido Cau!!!
Além de cronista também poeta de primeira grandeza, à caminho da ABL.
MARAVILHA!!!!!+
Emocionante e profunda e assim caminhemos no balanço da vida. PARABÉNS MEU CARO……
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Meu querido irmão,
Por algum motivo, desconhecido e injustificado, pulei seu comentário e deixei de responder.
Uma falha imperdoável, que somente um coração bondoso como o seu pode suportar e esquecer rápido.
Agradeço muito as suas palavras, que sempre me animam e são um grande incentivo.
Ao escrever senti também uma grande emoção e fico feliz de ter passado bons sentimentos através da crônica.
Contando com o seu perdão, não 7 vezes mas 70 vezes 7, deixo um carinhoso abraço e o desejo de uma maravilhosa semana!
Beijos
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Maravilhosa essa crônica retratando as idas e vindas de todos nós. Adorei mais uma vez parabéns.
Bjos
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Obrigado Lucia!
Fico contente que tenha apreciado.
Beijos
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Que LINDO meu irmão !!!
Sua “crônica poesia” toca nossos corações de forma singular, como se as palavras se materializassem e fosse possível balançar junto, e morrer de saudade desses dois queridos !!!
Que emocionante…..
Obrigada por trazê-los para mais perto do coração!!!
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Minha irmã,
Você balançou junto com a crônica porque tem um coração sensível e amoroso.
Fico feliz de ter levado emoção à você com a leitura.
Obrigado por sempre comentar.
Beijos, um abraço no meu companheiro de viagem e que tenham uma maravilhosa semana!
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Caro Amigo, Muito boa tarde, Tenho uma boa recordação do seu saudoso pai, dançando com a minha mulher no salão do Itamaraty, na nossa formatura da ESG, lembro-me do seu vigor e alegrias, salvo engano, já casa dos 80 . . . Essas recordações nos fazem muito bem . . . Quanto aos nossos netos, o seu Guilherme e a minha Catarina, é mais uma oportunidade de recordarmos a criança que fomos um dia e do quão generosos foram os nossos pais . . . Recomendações à Sônia e à família ultramarina (Jean, Tatiana e Gui).
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Caríssimo amigo JH,
Você lembra este episódio da nossa formatura e, de fato, na ocasião ele já estava ali pelos 80 anos, mas ainda muito bem.
E acho que você tem razão quando diz que nos netos recordamos a criança que fomos um dia.
Obrigado por comentar, amigo.
Desejo uma maravilhosa semana a você, à Sueli que bailou com meu pai, Luizinho, Junior e um beijo especial na Catarina!
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Linda crônica. Viver quando Deus nos presenteia com um netinho é ver o mundo diferente, mais colorido, com detalhes de observação antes imaginável. Grande inspiração observar a vida neste balanço, que consegue reunir o pai e o netinho ao som do batimento de seu coração, reunidos para sempre em um poema lindo. 💓💓
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Amigo Rodolpho,
Agradeço muito seu amável comentário.
Realmente os netos vêm para colorir o nosso mundo. O Theo e a Mel não me deixam mentir…
Fico contente que tenha gostado da crônica, meu amigo!
Grande abraço e uma excelente semana para você, Idalina e toda a sua linda família!
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Amém! Que se perpetuem os ciclos da vida. Que davida viver uma vida inteira com os ciclos iniciando e terminando em seus tempos certos.
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Fefe,
Os ciclos nos tempo certos são obra de Deus e só temos que agradecer.
Obrigado por comentar e manda um beijo carinhoso pro Tom!
Uma excelente semana para você e Marcos, com muita saúde e muitas alegrias.
Beijos
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Lindo, profundo e emocionante seu poema Cacau, me sensibilizou intensamente sentir o balanço da ambivalência nas nossas vidas.
Parabéns meu Irmão!
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Minha querida irmã,
Lembrei muito de você enquanto escrevia.
Sabia que gostaria da crônica devido à nossas conversas anteriores.
Muito obrigado por comentar, minha irmã.
E vamos no Entre Amigos comemorar Entre Irmãos…
Muitos beijos e uma maravilhosa semana!
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Excelente crônica! Você me faz pensar muitas coisas do balanço da vida: quando cheguei, a travessia até aqui e o final, que está nas mãos de Deus.
Muito profundo o relato levando em consideração as extremidades: seu pai e seu neto.
Deus continue te inspirando para continuar escrevendo coisas lindas e profundas, que tocam o nosso coração.
Abração!
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Querido amigo Newton,
Muito feliz de tocar seu coração com meus escritos.
A inspiração acaba acontecendo pelo incentivo de leitores como você, que acompanham e comentam sempre.
Fico agradecido!
Um abraço à você e Nuri. Que tenham uma semana alegre e leve!
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Muito lindo meu amigo querido! Quanta sensibilidade!!
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Querida amiga,
Muito obrigado. Seus comentários me animam a continuar escrevendo.
Um saudoso abraço e que sua semana seja de paz e muitas alegrias.
Saudades…
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Boa tarde parceirinho! Emocionado pela linda crônica, lembro dos poucos momentos que tive com meu pai, foi pro céu qdo eu tinha acabado de fazer 11 anos. Porém, me deixou, tenho absoluta certeza disto, com a missão de amar intensamente meus netos e tenho seguido a risca sua orientação, ainda que sem ouvir fisicamente suas palavras. Aliás, ele me conduziu a essa família maravilhosa que tenho. Parabéns meu amigo pela linda crônica. Hoje já joguei futebol c/ o Arthur e agora tô indo p/ Pilates e mais tarde vou correr na Lagoa. Beijão
Enviado do meu iPhone
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Meu querido amigo e irmão Luiz Carlos,
Seu pai deve ter sido uma ótima pessoa, pois no pouco tempo em que estiveram juntos, conseguiu passar muitas coisas boas: o resultado está aí, revelado na maravilhosa família que você e Rosa construíram.
Agradeço muito ao amigo a gentileza de seu comentário e fico feliz que tenha apreciado a crônica.
Um fraterno abraço!
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Querido primo, essa crônica poderia ter sido escrita por mim: o olhar terno para as crianças, a lembrança dos netos em cada atitude infantil, as expectativas quanto ao futuro deles, a saudade devido a distância, o embalo amoroso dos braços maternos, a lembrança do tio Alfredo, a recordaçao carinhosa do pai…enfim,o coração preenchido espaçosamente de amor.
Eu diria tudo isso, mas não tenho seu talento.
Apenas sensibilidade, para ficar feliz com esse texto e, mais uma vez, muito emocionada com essa linda poesia.
Desejo que os anos lhe ofereçam uma cadeira de balanço digna de sua bondade – confortável, com vista para muitas árvores viçosas, repletas de pássaros e de uma brisa suave. E que ao seu lado, segurando com carinho as suas mãos, esteja Sônia, a companheira de toda a sua vida.
Beijo
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Minha prima,
Seu comentário é pura poesia.
Que bom a crônica ter alcançado seu sensível coração e despertado boas lembranças e sentimentos amorosos.
Seus desejos no parágrafo final me emocionaram.
Muito obrigado por estar sempre presente, acompanhando e comentando as crônicas, o que nos permite esta troca tão agradável!
Desejo uma excelente semana, querida prima!
Beijos
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Que emoção ao ler esse texto…
Lindo, lindo!
Você tocou o meu coração com cada palavra. Imagino o Gui lendo isso quando já for adulto.
Você traduziu com maestria o balanço da vida.
Parabéns caro amigo por toda sua sensibilidade! Abraços
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Sandra,
Que bom ter levado você a se emocionar. Certamente lembrou de suas amadas netinhas.
Confesso que pensei também no Gui lendo esta crônica no futuro: é uma das maravilhas de escrever.
Espero que o balanço da sua vida e do Frank seja sempre favorável e abençoado por Deus.
Grande abraço!
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Cacau, que linda crônica!
Quantos ensinamentos partindo de um balanço ou de um balançar.
Hoje tivemos um dia inesquecível, com muita emoção e profunda reflexão sobre a beleza que a vida nos reserva em momentos como os de hoje, fomos ninados por Deus através do Frei Dino, fomos balançados com o carinho do Pai.
Interessante, que nosso Santo Dino, sempre repete que “Deus brinca conosco”.
E exatamente foi o que senti lendo sua maravilhosa crônica, o brinquedo que Deus usa é exatamente esse balanço.
Passamos a vida nesse balanço com idas e vindas, desde o nascer até o fim.
Somos balançados pelas Mãos de Deus.
Me emocionou quando você escreveu sobre seu pai, vi a cena e me coloquei no lugar dele.
E peço a Deus que arrume uma mão como a sua para que nos últimos embalos do balanço, entenda que nessa “brincadeira” é necessário saber a velocidade certa, quando a brincadeira por aqui está chegando ao fim.
É, Deus Brinca Conosco!
Excelente Cacau!
Beijos
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Meu amigo e irmão Chico,
Seu comentário é comovente.
Muito bem lembrada a frase do nosso querido Frei Dino sobre a brincadeira de Deus conosco. Quando escrevi não tive consciência, mas você me despertou para mais esta influência dos ensinamentos dele em nossa vida.
Que o balanço da vida nos mantenha sempre amigos, próximos e agora compadres: acho que nisso Deus não brincou…
Beijos e boa lua de mel!
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