COTIDIANO

Sempre gostei desta palavra, tanto que nem titubeei em colocá-la como título. Ando há tempos querendo escrever sobre ela. Quanta coisa resume, que poder de síntese! Não tem a pobreza da palavra rotina, de conotação repetitiva e monótona, nem a simplicidade da expressão dia a dia, que induz a coisas banais.

Cotidiano é diferente. Para mim é conceito sofisticado. Sei que não confere com os dicionários, mas ao ouvi-la percebo um sabor de complexidade, de abrangência. Todo mundo tem um cotidiano e é ali que a gente experimenta a própria vida, em suas múltiplas dimensões.

Sei lá por que tenho pensado nisso, mas desconfio que tenha sido a partir de uma frase que tomei conhecimento por acaso, num folhear de revista ou na amplidão da internet. A princípio não dei importância a ela, mas depois, a teimosa ficou se repetindo na minha cabeça:

O poeta é um cleptomaníaco do cotidiano.

Quanto mais esta frase me perseguia, mais eu encontrava profundidade em tão poucas palavras. Claro que sim, aquele que escreve, poesia ou prosa, é como um ladrão que extrai do cotidiano as belezas que ali se apresentam à vista de todos, mas que são invisíveis quando estamos focados na tal rotina, limitados ao monótono dia a dia. Acho até que o mesmo vale para outras artes, além da literatura.

Esta frase me fez pensar que preciso abrir mais os olhos, descobrir mais pérolas espalhadas por aí, garimpar preciosidades que se confundem com insignificâncias e, principalmente, inventar encontros e evitar desencontros.

Prefiro sempre vincular ideias a situações e assim, vou contar fielmente ao leitor episódios que vivi pouco antes de conhecer a tal frase e meditar sobre sua riqueza. Ocorreram em Portugal, no meu mais simples e complexo cotidiano.

Fui ao supermercado para buscar alguns poucos itens faltantes para um prato que minha mulher pretendia preparar. Claro que eu seria o maior beneficiado com o que iria resultar daquela alquimia e assim parti célere em busca dos itens, que no mercado são meros substantivos, mas que à mesa, pela arte daquela que cozinha, transformam-se no adjetivo “delicioso”.

Estacionei o carro no primeiro subsolo e estava aguardando o elevador quando notei a aproximação de um casal que realizava o mesmo itinerário. Quando chegaram perto, notei que era um senhor de uns oitenta anos e sua esposa. Ele aparentava estar bem, saudável, firme, coluna ereta, barba feita e cabelos penteados. Saudou-me, esboçando um sorriso:

— Bom dia!

— Bom dia — respondi, olhando para o casal.

— Apesar da chuva e do frio que fazem hoje —­ continuou ele, denotando o desejo de conversar.

— Sim, mas o importante é que estamos bem, com saúde.

— É verdade. Estamos andando e falando! E isso já é excelente — gracejou.

Eu sorri. O elevador chegou, abriu a porta e a senhora iniciou um movimento para entrar. Ele a conteve:

— Espere um pouco. Este senhor chegou primeiro.

— De forma alguma. Por favor, senhora, pode entrar — disse eu, segurando o botão do elevador para manter a porta aberta.

Seguimos enclausurados na caixa metálica, realizando o breve trajeto de apenas um andar, mas continuando nossa troca de amenidades.

— Estamos andando e falando, mas é possível que o melhor seja andar muito e falar pouco — experimentei.

— Certamente. Falar em excesso cansa o próprio e mais ainda os outros. Andar fortalece e permite conversar consigo mesmo.

— Concordo plenamente. Andemos mais e falemos menos. Mas a nossa conversa e o que estamos falando está agradável!

— Sim. Conversar é uma coisa, falar é outra.

— Tem razão.

Infelizmente o elevador chegou ao piso do supermercado. À saída, desejei-lhes um ótimo dia, trocamos sorrisos e nos despedimos afavelmente.

Que momento bom!

Fui em busca do que precisava. Completei as compras e deixei por último, por razões óbvias, um saco de gelo. O freezer ficava bem ao fundo do supermercado, num recuo estreito que não permitia a entrada do carrinho de compras. Abri a porta e escolhia o produto quando ouvi uma voz feminina, cheia de autoridade, ordenar:

— Pega um saco de gelo para mim!

Olhei para ela por um instante, querendo crer que houvesse algum engano. Entretanto, não tive dúvida de que havia se dirigido a mim, pois manteve a expressão dura, imperativa, como a confirmar a ordem já expedida. Era uma senhora, com cerca de 50 anos, vestida com roupas de ginástica coloridas e justas, como se tivesse 20 anos. Tinha um rosto artificial, que me pareceu ter sido trabalhado exageradamente em tratamentos anti-idade, que a deixaram com ares de androide…

Resolvi que a melhor resposta seria o silêncio. Ela pediu o gelo, resolvi dar um gelo.

Fechei a porta do freezer e deixei o espaço com meu produto em mãos. É possível que ela tenha achado que eu estaria atendendo seu comando, mas decepcionou-se quando pousei o saco de gelo no meu carrinho e segui em frente, como se não a tivesse ouvido.

Que momento ruim!

Segui meu caminho ao caixa pensando que a tecnologia evolui tanto e tão rápido  que a qualquer momento será possível encontrar um humanoide mal-educado fazendo compras…

Recordei que dias antes, estava sozinho numa sala de espera de uma  clínica médica. Aguardava a minha vez, solitário e mergulhado em leituras, antídoto sem igual para longas esperas, quando, sem levantar os olhos do livro, percebi que um rapaz veio passando, olhou para a mesa de atendimento onde não havia ninguém e exclamou:

— Não tem ninguém nesta mesa?

Como eu estava sozinho, não tive dúvida sobre o destinatário da pergunta. Levantei os olhos planejando dirigir-lhe um boa tarde. Seria uma tentativa de endireitar o que começou torto. Mas acho que demorei demais e ele não estava tendo uma boa tarde, pois logo virou o rosto e seguiu seu caminho em busca da atendente perdida.

Voltemos ao supermercado. Fiquei pensando se a mulher fria que queria gelo, teria um irmão mais novo dado a frequentar consultórios médicos, talvez em busca de algum milagroso remédio para impaciência e aspereza.

Passei as compras no caixa e busquei o elevador. Para minha grata surpresa encontrei à porta o mesmo casal da entrada. Não me contive:

— Se tivéssemos marcado, não teria dado certo!

Ele sorriu e reiniciamos a conversa. Olhei no carrinho deles para ver se tinham comprado gelo… Felizmente não.

Pude perceber entre suas compras algumas garrafas de vinho, o que deu o mote para iniciarmos uma inesgotável conversa, que prosseguiu animada até o estacionamento. Ali nos separamos entre cumprimentos simpáticos e acenos gentis. Como é bom um encontro, mesmo com desconhecidos. Agora já imagino que vou voltar a encontrá-los e, quem sabe, daí possa nascer uma amizade, uma pérola no meio do cotidiano.

Entre encontros e desencontros deixo para o final o episódio mais marcante para mim.

Dois dias depois, ao final da tarde, saí de casa com minha mulher, tomamos um café na esquina de casa e demos início à nossa caminhada diária. Em poucos minutos chegamos à faixa de pedestres onde devíamos atravessar a rua em direção à um parque com trilhas para caminhadas. Bem à nossa frente, um rapaz sozinho iniciava o mesmo trajeto, manejando com destreza sua cadeira de rodas. Seus braços impulsionavam as rodas e a cadeira deslizava suavemente, como uma canoa movida por ritmados remadores.

Tive o ímpeto de ajudar. Fomos caminhando atrás dele. Os punhos na parte de trás da cadeira se ofereciam a mim, mas ele transitava com tanta desenvoltura que fiquei na dúvida. Retardei o passo e fui apenas acompanhando o seu percurso.

Eu já conhecia o local e sabia que, do outro lado, a calçada tinha um pequeno trecho plano e logo se elevava, pois ali havia uma parada do Metrô.

Exatamente no início da rampa, o rapaz olhou para trás e me perguntou:

— Pode me ajudar?

— Claro que sim! — exclamei.

Era o que eu queria. Aos 70 anos, era a primeira vez que passava por esta experiência — não sei se é fruto de má vontade minha ou indiferença. De qualquer forma acho que é fato raro um cadeirante trafegar sozinho, exceto nas modernas cadeiras de rodas movidas por motor elétrico.

Acenei para que minha mulher nos seguisse e peguei os punhos, animado.

Ingressei na rampa com energia. Começou fácil, foi ganhando dificuldade e mais para o final eu já ansiava por chegar. Foi como pegar um bebê no colo, que começa leve e vai pesando mais a cada instante…

Ao chegar no novo trecho plano, aliviado, continuei a conduzi-lo e ele iniciou uma conversa:

— És brasileiro?

— Sim. O sotaque revela, não é?

— De onde?

— Rio de Janeiro.

— Que belo. E como é o seu nome?

— Antonio. E você?

— Meu nome é Jorge.

— Então somos dois santos — brinquei.

Ele sorriu e olhou para trás.

É uma situação atípica. Estamos acostumados a falar de alguém pelas costas, mas não a falar com alguém pelas costas. Ele me ouvia bem, mas eu precisava me inclinar para ouvi-lo. De qualquer forma, conversar sem contato visual é bem difícil. Só mesmo a espontaneidade do Jorge para tornar o momento agradável.

— Até onde posso levá-lo, Jorge?

— Pode me deixar na entrada deste pequeno shopping aí na frente. Quer tomar um café comigo, Antonio?

Eu queria, mas ainda sentia o gosto do café na boca e minha mulher me aguardava. Agradeci, disse que seria um prazer, mas no momento tinha outro compromisso.

— Faremos isso na próxima oportunidade, que espero seja em breve. Eu gostaria de verdade, Jorge! Você é muito simpático.

— Você também. Obrigado pela ajuda e até breve.

Poucos minutos depois, em plena caminhada, eu já estava arrependido. Devia ter ido tomar outro café, mesmo sem vontade. Ou então poderia ter anotado o telefone dele, marcado alguma coisa firme e não um incerto “espero que seja em breve”. Perdi o rumo do Jorge e não sei se vou achar novamente. Ele quis enfeitar o meu cotidiano e eu desperdicei a oportunidade. Deixei um encontro ter desfecho de desencontro, um para cada lado.

Pensando melhor, fiz o mesmo com o casal, que poderia ter sido companhia para algumas taças de vinho e proveitosas conversas. Ah, se eu pudesse voltar atrás… Pegaria o gelo para a humanoide, informaria logo ao rapaz da clínica médica que a moça talvez fosse voltar logo e perguntaria se eu poderia ser útil de alguma forma. É assim que quero fazer da próxima vez!

Como o desencontro é fácil, natural. Basta um olhar torto, um esbarrão ou até um esbarrinho, um tom de voz desagradável ou um gesto mesmo à distância e ali está o desencontro materializado, consistente e robusto. A gente tem o impulso irresistível de pagar tudo na mesma moeda.

O encontro é mais difícil. Exige tempo, mais afinidades, mais trocas. Temos que vencer desconfianças e, principalmente, aceitar riscos. Resistimos, esquecemos que cada pessoa pode ser uma oportunidade de agirmos com gentileza e descobrirmos encantos em todos os cantos.

Claro que seria ingênuo pensar que podemos ter afinidade com todas as pessoas, mas também não precisamos ser tão rápidos para desencontrar, nem tão lentos para encontrar. O mundo poderia ser bem diferente se fosse o contrário.

Concluo com um pensamento do grande poeta Carlos Drummond de Andrade:

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.

 

Antonio Carlos Sarmento

23 comentários em “COTIDIANO”

  1. Bom dia Antônio.
    A vida nos trás presentes sempre, como as oportunidades do cotidiano e nós escolhemos como vamos desfrutar destes presentes.
    Alguns os desperdiçam e outros fazem do presente uma bela festa da vida.
    Parabéns por esta bela inspiração e aproveite bastante suas viagens a Portugal para nos presentear com outras belíssimas inspirações.

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    1. Caro Rômulo,
      Agradeço seu comentário e me alegro que continue acompanhando de perto meus escritos.
      Minhas temporadas em Portugal estão cada vez mais longas e olho tudo com ares de novidade.
      Desejo uma ótima semana a você e toda a família!

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  2. Linda crônica, entre tantas outras belas essa ficará entre as minhas prediletas.

    Cacau, continue garimpando esse amor no cotidiano.

    Grande e saudoso abraço

    Chico

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  3. O melhor do continuando ,é o meu cotidiano à ficar, sempre a lembrar dos verdadeiros afetos e amigos que ganhei na nossa egrégia Santa Igreja. Saudades e parabéns pelas “escritas”.

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  4. Querido amigo.

    É muito difícil separar nessa linda crônica que o amigo Chico acertadamente colocou entre as melhores, a forma de como você se expressou e o conteúdo que ela encerra.

    Realmente no Aurélio ele define cotidiano como aquilo que acontece diariamente e que é comum a todos os dias como se fosse uma rotina…

    Acho melhor ficarmos com os momentos ou ocasiões que vivemos e tirar deles o que eles nos enriquecem ao longo de nossa vida.

    Você me conhece muito bem e sabe que gosto de sempre de me dirigir a alguém ou responder a alguma situação…

    Na semana passada tive que comparecer a um laboratório aqui no Rio para fazer um exame num dia e entregar material para exame no dia seguinte. No primeiro dia estava já na porta do elevador no hall de entrada quando vi na entrada do edifício uma senhora que ia para o mesmo segundo andar. Segurei a porta e ela me cumprimentou e agradeceu a gentileza. No dia seguinte, no meu retorno em horário inteiramente diferente tudo ocorreu exatamente como no dia anterior. A mesma senhora com o mesmo vestido adentrou a porta do edifício e lá estava eu segurando a porta para ela e iniciar ali uma conversa um pouco mais demorada e valorizando o momento do nosso reencontro…

    Acho que me alonguei um pouco mais nesse meu comentário mas meu intuito foi lhe agradecer por essas sábias palavras que tanto me enriquece e valoriza ainda mais a nossa amizade. Obrigado amigo.

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    1. Querido amigo Nei,
      Você pode alongar o comentário o quanto quiser e continuará sendo do meu agrado esta nossa interação.
      Fico feliz que tenha gostado e obrigado por compartilhar a situação que viveu, bem dentro do contexto da crônica.
      Sei bem a sua maneira de ser e a facilidade com que estabelece contato com qualquer pessoa.
      Só fiquei intrigado por esta senhora ir dois dias seguidos ao laboratório, usando o mesmo vestido… tenho certeza de que você não mencionou isso na conversa com ela! hahahaha
      Uma maravilhosa semana, meu querido amigo!!!

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  5. O que dizer dessa crônica que não pareça tão repetitivo como um “que maravilha”! Voce faz, por modestia, creio, uma divagação da palavra Cotidiano com os poetas. Eu disse por “modestia” porque não ha ninguém que faça tanta observação do “cotidiano” como os cronistas, e voce é hoje, para mim, um craque nessa arte. Talvez voce não imagine a alegria dos domingos onde recebo um email dizendo haver crônica sua para ler. Grande abraço, saude, e espero um dia possamos tomar vinhos porque esse é um dos bons habitos diarios (pelo menos uma meia taça diaria), que passei a ter. Deus te abençoe.

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    1. Amigo Luigi,
      Seu comentário me trouxe uma grande alegria, de verdade.
      Receber uma manifestação tão espontânea e verdadeira de um leitor e amigo é gratificante. Muito obrigado por isso!
      Se tivermos a oportunidade de tomar um vinho juntos será para mim um verdadeiro presente. Também tenho o hábito de sempre tomar uma taça! É mais um ponto em comum entre nós.
      Uma ótima semana a você e sua família. Fiquem com Deus!

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  6. Querido amigo Antonio Carlos,

    Que maravilha de crônica! Que Deus continue lhe dando inspiração e esse dom abençoado de escrever.

    Nunca li nada igual sobre o cotidiano, estamos acostumados a rotina.

    As oportunidades de contato com o casal e demais pessoas sempre são toques de Deus para aproveitarmos melhor os momentos da vida, como afirma o poeta Drummond.

    Agradeço a Deus por começar a semana refletindo sobre os toques e os ensinamentos da sua crônica.

    Um grande abraço.

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    1. Amigo Newton,
      Que maravilha de comentário! É um privilégio para mim ter você como leitor assíduo e sempre me brindando com seus comentários.
      Fico contente que a crônica tenha proporcionado a você uma oportunidade de reflexão. Eu gosto de leituras que possuem este atributo e, ao escrever, tento alcançar também este objetivo.
      Obrigado por suas palavras, caro amigo Newton!
      Uma ótima semana para você e Nuri! Fiquem com Deus!

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  7. Uma sensivel crónica sobre os momentos que não são indiferentes. Se nos tocam, sejam bons ou maus, são importantes. O quotidiano tem realmente muito sumo, desde que o queiramos “espremer”!

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    1. Cara Dulce,
      Com certeza depende de nós extrair este sumo doce que muitas vezes, distraídos com ocupações, deixamos passar.
      Agradeço seu comentário e gentileza.
      Desejo uma ótima semana e que aproveite bem estes dias de primavera!

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  8. Bom dia meu queridão!

    Estava a lhe pedir desculpas pelo atraso da leitura de sua crônica, antes de começar a lê-la.

    Quando comecei a ler, no silencio da noite e com uma musica lenta e baixinha , percebi que a li no momento adequado.

    Como diz meu neto Leonardo, AMEI VOVÔ, eu digo, AMEI CACAU.

    Cotidiano foi uma das mais belas crônicas que li.

    Parabéns meu amigo e irmão, Deus te abençoe e mantenha em você esse

    talento, que desfrutamos.

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    1. Meu querido amigo Luiz Carlos,
      Fico muito contente que tenha apreciado tanto a crônica deste mês. Com certeza você leu no momento certo!
      E nunca se preocupe em pedir desculpas por atraso na leitura, ok?
      Obrigado pelas generosas palavras, meu amigo.
      Um afetuoso abraço!

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  9. Amei Cacau!!! Você é muito bom ! Parabéns, abraço à todos 

    Enviado do meu iPhone

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  10. Caro Amigo Sarmento (ou prefere Antônio?), muito boa noite. Ainda que com algum tempo decorrido, extasiei-me, mais uma vez, com a sua ágil inteligência na formulação de tão belo texto. Meu Amigo, gostaria de apresentar-lhe um trecho de uma Conferência de Carlos Bernardo González Pecotche, proferida em Buenos Aires, em 29 de novembro de 1949, que tem tudo a ver com seu texto deste mês: “Os seres não se encontram no mundo porque sim. Há algo que os aproxima, que os vincula. Nem todos conhecem o porquê desses acercamentos, nem desses encontros; daí que a maioria, ao não dar valor a tais fatos, siga, depois de ter se aproximado, em direções opostas, para não voltar a encontrar-se”. Causa-me muita emoção, ler seus textos e recordar a amizade pura e sincera que nos une há 26 anos e, ainda, ter a oportunidade de relacionar os aspectos expostos, por você, com os estudos de Logosofia que tenho desenvolvido. A propósito, a Conferência referida acima encontra-se no Livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, na página 465, segundo parágrafo, por oportuno, estou enviando-lhe em anexo uma cópia do referido livro. Recomendações à Sônia, à Tatiana, ao Jean, ao príncipe Guilherme e demais familiares.

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  11. Caro amigo Antonio Carlos!

    Mais uma crônica que gostei muito, daquelas que nos faz pensar. Pensar nas oportunidades perdidas, nos pequenos momentos alegres ou interessantes, bem como naquelas que serviram de aprendizado. Todas nos motivando a evoluir, em sermos melhores! Saudade do amigo!

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    1. Querido amigo Rodolpho,
      Sempre uma alegria receber seu comentário. Mais ainda por saber que te fez pensar, um dos meus objetivos com as crônicas.
      Por aqui também sentindo saudades do amigo…
      Grande abraço e uma ótima semana!

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