SAÚDE!

Meu sonho aos dez anos de idade era ter um carrinho de rolimãs. O mesmo sonho que eu teria oito anos depois com um carro de verdade.

Naquela época, mais de 50 anos atrás, havia um vizinho que construía as chamadas “carretas” sem cobrar nada, só para ver a criançada feliz, deslizando pela ladeira. Nossa rua era perfeita para esta prática, já que era sem saída, com pouco movimento de carros e com uma longa, íngreme e abençoada ladeira.

Os garotos subiam eufóricos, correndo pela calçada com a carreta embaixo do braço. Eram como crianças menores subindo as escadas de um escorrega sucessivas vezes, só para ter o prazer de deslizar um pouco pela força da gravidade.

Alcançado o topo, a carreta e seu feliz piloto voavam na descida pelo meio da rua, produzindo uma maravilhosa sensação de velocidade e um ruído característico que ainda hoje está nos meus ouvidos. Aquele barulho era tão apaixonante e inconfundível para os garotos como o ronco de uma moto Halley Davidson para os aficionados!

Minha mãe temia um acidente grave, talvez um atropelamento e proibiu-me a prática do, digamos assim, “esporte”. Porém, a sedução da velocidade ladeira abaixo era irresistível. Eu fazia as corridas desabaladas, mas cuidadosamente parava antes do final da ladeira, de modo a não ser visto da janela de nossa casa. Um plano simples, embora fadado ao fracasso, pois parafraseando Abraham Lincoln, pode-se enganar muitas mães por algum tempo, ou algumas mães por muito tempo, mas não se pode enganar a própria mãe por quase nenhum tempo…

Dito e feito: um dia se deu o inevitável.

Nas carretas, a gente usava os pés para dirigir e também para frear, forçando o calcanhar do calçado contra o asfalto. No dia fatídico, eu usava uma sandália daquelas que na propaganda não têm cheiro nem soltam as tiras. Quanto ao cheiro não sei, mas posso assegurar que as tiras soltam!

Foi o que ocorreu ao frear: as solas ficaram pelo caminho, deixando-me sem recurso para interromper a trajetória veloz daquele meteoro. Foi quando avistei um carro iniciando a subida da ladeira em rota de colisão, concretizando os temores de minha mãe. Mãe tem sempre razão…

Não tive alternativa: dei uma guinada para a esquerda, em direção ao meio-fio para evitar o choque com o carro. A carreta bateu de topo e parou, enquanto eu fui projetado como um jóquei num refugo do cavalo diante de um obstáculo. Como uma folha sendo levada pelo vento, rolei pela calçada e terminei colidindo com a parede de um dos prédios.

O inventário dos danos revelou que minha perna direita, do joelho até o tornozelo havia sido raspada pelo asfalto e estava praticamente em carne viva. Ardia como se ali estivesse sendo derramada uma chaleira de água fervente!

Constrangido pela desobediência, respirei fundo, engoli o choro e entrei em casa sorrateiramente. Corri para o banho e em seguida me vesti para o almoço, colocando uma calça comprida para esconder a lesão, apesar do calor de quase 40 graus do verão no Rio de Janeiro.

Com a perda da sandália fiquei descalço, pois o machucado não me permitia usar um calçado fechado. Assim compareci à mesa do almoço: de calça e descalço.

Minha mãe logo percebeu que havia algo estranho. Disfarcei o quanto pude, mas péssimo ator e ainda torturado pela dor, restou evidente para todos na mesa que havia alguma coisa errada.

Fiquei em meu lugar, sofrendo calado e empurrando a comida de um lado para outro do prato sem conseguir comer, fato atípico e muito suspeito para alguém sempre bom de garfo, qualidade que possuo desde o berço. Inconformada e curiosa, uma de minhas irmãs — felizmente não me lembro qual foi a dedo-duro — abaixou-se e viu escorrer um líquido sanguinolento sobre o meu pé direito. Claro, anunciou o fato em alto e bom som. Foi o fim do almoço!

Saiu de pauta a gastronomia e entrou a enfermaria. Passamos a tratar o ferimento. A perna estava em estado lastimável e doía demais. Implorei para que não fosse usado nada que provocasse mais dor, principalmente um líquido antisséptico muito usado na época, que era o terror das crianças por arder demais — sei que hoje é fabricado com o mesmo nome, porém com outro princípio ativo. Por via das dúvidas, não uso.

Após procurar alternativas na caixa de remédios, minha mãe limpou o local com água oxigenada e em seguida aplicou um pó a base de sulfa, que foi tiro e queda. Mais queda do que tiro, pois logo sobreveio uma febre alta e passei a tremer o corpo todo.

Ela então telefonou para um médico que morava na nossa rua e que sempre nos atendia em momentos de necessidade. Nossos problemas de saúde eram resolvidos na casa dele, onde havia uma salinha que praticamente dedicava ao atendimento de vizinhos. Podíamos também contar com o hospital público mais próximo, também muito organizado e eficaz. Juro que isso existia! Talvez, mesmo sob juramento, muitos leitores nascidos em épocas posteriores vão considerar inacreditável.

E saibam que a minha infância foi muito tranquila: quebrei perna, braço, cabeça duas vezes, costela, tomei pedrada no olho, uma bolada afundou meu polegar direito, um fundo de garrafa penetrou na minha perna, caí em cima de cacos de vidro fazendo várias lesões na barriga, levei 12 pontos num corte em uma cerca de arame farpado, meu maxilar saiu do lugar, um prego atravessou meu pé esquerdo, além de todas as doenças da infância e outras que incorporei. Tudo tratado em hospitais públicos e neste santo vizinho médico que em sua própria casa atendia, examinava e medicava.

Ao tomar conhecimento do ocorrido, ele, sem sequer ser preciso examinar-me, concluiu que era uma reação alérgica: mandou limpar novamente, retirar toda a sulfa e aplicar um outro medicamento. Uma hora depois eu já planejava quando seria a próxima corrida de carreta!

Lembrei deste episódio da minha infância quando recentemente perdi dois amigos em breve espaço de tempo, com histórias bem parecidas. Ambos acabaram falecendo antes da aprovação do tratamento que precisavam. Um necessitava de uma prótese importada para o coração e o outro uma cirurgia de transplante. As famílias lutaram na justiça contra os respectivos planos de saúde, mas quando obtiveram a decisão judicial, já era tarde demais. Acabou a luta, veio o luto!

Fiquei pensando:

Há 50 anos, eu tinha plano de saúde, mas não sabia.

Hoje eu acho que tenho plano de saúde, mas não sei…

Antonio Carlos Sarmento

41 comentários em “SAÚDE!”

  1. Ótima a lembrança dos carrinhos de rolimã e as aventuras que proporcionavam.
    As rolimãns eram o sonho, raras e de valor inestimável.
    Quanto aos acidentes, quase diários. Acho que passei minha infância toda com os pés esfolados, especialmente as pontas dos dedos do pé direito, o que me obrigava a ir para a escola com um pé calçado com um sapato e outro com uma sandália e um bem visível curativo.
    Médicos, raríssimas vezes, as mães já nasciam graduadas em medicina e com pós em adivinhações …
    Abraços e aproveite em família esse domingo de páscoa.

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    1. Ótimas lembranças, meu primo Rômulo!
      Bons tempos de nossa infância, com passagens inesquecíveis.
      Também fui muito ao colégio com um pé usando sapato e o outro com sandália…
      Muito obrigado por comentar e que a Páscoa deixe amor e alegria no coração de toda a sua família!
      Grande abraço!

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  2. Essa história lembrou minha própria infância. Também fui uma criança tranquila, dessas que quebram cada mindinho das mãos três vezes, que abrem o queixo na calçada, arrancam o topo do dedão jogando bola em chão de pedra portuguesa…
    E tenho uma história bem parecida com a da carreta. No meu caso, eram patins. E o que vinha à frente era um cavalo. Não faço ideia de onde ele surgiu, mas foi andando para o meio da rua. Para não bater nele, acabei de jogando no chão. Férias escolares de verão, sol de meio-dia e asfalto quente. Dá para imaginar que deixei todo o couro da perna direita por ali mesmo.
    Neste dia, a mãe de uma vizinha era a “responsável” pela criançada e não sabia o que dizer à minha mãe quando “devolveu” o filho em carne viva e a pedra preta de asfalto. Para sorte dela, minha mãe também tinha sido dessas crianças tranquilas e entendeu que a vizinha não teve culpa.
    Para meu azar, na época, meu pai tinha acabado de operar a coluna e era minha mãe quem fazia os curativos com álcool iodado e éter. Como eu não lavei decentemente a perna ao tomar banho, minha mãe não hesitou em adotar o tratamento de choque.
    Eu mesmo não me lembro da cena, o trauma deve ter sido tanto que apaguei da memória, mas contam que eram quatro pessoas para segurar uma criança de uns oito anos que esperneava bastante e urrava como se estivesse sendo escalpelada.
    Fato é que a tortura deu certo: no dia seguinte, o machucado já tinha formado casquinha e hoje em dia não há uma linha sequer de cicatriz. Só a história pra contar, que qualquer dia desses eu publico no blog.

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  3. Lembrei de minha infância e te digo : perto de voce eu fui um santo com direito a lugar no altar…. kkkkkk. Mas a tal da sulfa era terrível! O pozinho pra causar alergia! Sou alergico a ela e descobri tambem da pior espécie. Usando!!! Bom domingo feliz Páscoa a voce e sua família e que Jesus nos abençoe e proteja.

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    1. Amigo Luigi,
      Cada vez nos identificamos mais. Até na alergia… hahahaha
      Ter lembrado a sua infância é gratificante, pois é muito bom quando um texto nos leva a uma história que vivemos.
      Um grande abraço e que a alegria e o amor da ressurreição de Jesus permaneçam em seu coração e de sua família!
      Uma ótima semana!

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  4. Prezado Antonio Carlos:

    Por coincidência, a minha paixão, quando criança, era, também, pelos carinhos de rolimã (carreta). Cá para nós, andar num bólido daqueles, nos traz grandes e magnificas recordações de tempos áureos.

    Sds. e parabéns por mais este belo artigo.

    Carlos Vieira Reis

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    1. Grande Carlos,
      Do jeito que é aficionado por carros, imagino que tinha uma coleção de carretas… hahahaha
      Fico contente que o texto lhe tenha trazido magníficas recordações.
      Um afetuoso abraço, meu caro amigo!

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  5. Oi amigo.
    Não sabia que você era tão traquina e deu tanto trabalho pra sua mãe. Sua crônica mais uma vez inicia meu domingo com belas lembranças. Parabéns.
    Com certeza a irmã dedo dura foi a Cacoa… Kkkk Ela tá perdoada.
    Acho que todas as irmãs fariam a mesma coisa. A minha pelo menos faria até mesmo com o intuito de contar pra nossa mãe a besteira que fizemos. Todas iguais.
    Gostei do seu comentário sobre o médico da rua. No meu caso era o Dr Lauro a que visitei várias vezes. Parabéns amigo e uma Feliz Páscoa pra você e sua linda família.

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    1. Querido amigo Nei,
      Eu continuo sem a certeza da dedo-duro… hahahaha E, claro, já foi perdoada e até fiquei agradecido pois o derimento estava mesmo precisando de cuidados de mãe.
      Quanto ao médico que atendia os vizinhos, fato que você também viveu, o nosso chamava-se Dr. Wilson: gente finíssima!
      Uma feliz Páscoa, meu irmão e que a alegria da lembrança da ressurreição de Jesus esteja sempre no seu coração e da Jaciara!
      Beijos

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    1. Tati,
      Muito obrigado por comentar!
      Não sei bem como acontece, mas muitas vezes em minha mente ocorrem estes links tão distantes no tempo, mas conectados de alguma forma.
      Desejo uma maravilhosa semana para você, com muitos textos e grandes alegrias!
      Abraços!

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  6. Como sempre seu conto está ótimo.
    Na minha infância no subúrbio do Rio de Janeiro, muitos meninos tinham carrinho de rolimã.
    Meninas não podiam andar nesses carrinhos.
    Meu pai vendo minha frustração e de minhas amigas, construiu um carrinho de ripas para permitir descer no gramado da,Quinta da Boa Vista.
    Feliz a abençoada Páscoa pra todos vocês.

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    1. Cris,
      Você não sabe o que perdeu… Carrinho de rolimã é emocionante!
      Mas, de fato, na ocasião, era exclusivo dos garotos.
      Ainda bem que seu pai teve sensibilidade e viabilizou uma alternativa.
      Muito obrigado por comentar!
      Uma Páscoa abençoada e manda um fraterno abraço ao meu amigo Guimo. Muitas saudades de vocês…

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  7. Apesar de ser menina, também passei pela prova dos carrinhos de rolimã, de fabricação caseira “by” meus irmãos. E todos nós sempre com as pernas roxas ladeira da Rua 7 de Setembro abaixo. Aventuras inesquecíveis!

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  8. Querido, primo!! Boas lembranças de histórias vividas que nunca esquecemos!!! Fiquei imaginando vc descendo aquela ladeira, enquanto lia a crônica! Bom domingo de Páscoa pata vocês!! Bjs

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  9. Também tive uma infância com várias visitas ao SANDU, atendimento gratuito para à população é de excelente qualidade. Fui a mais travessa dos 3 irmãos sendo a única menina. Quando chegávamos no SAMDU os enfermeiros ja dizia: Lá vem os Werneck outra vez.

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    1. Amiga Lucia,
      Então deu muito trabalho à sua mãe, não é? Eu achava que nesta época as meninas eram mais quietinhas… hahahahaha
      E de fato a saúde pública de qualidade deixou muitas saudades.
      Beijos e boa semana!

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  10. Lembrar momentos de infância, especialmente aventuras de infância é sempre algo doce, mesmo quando acarretaram alguma dor. Mas esta história foi recordada por associação com uma dor mais actual e que permite bem perceber como os tempos, a sociedade e o espírito solidário se alteraram ao longo da nossa geração. E é pena. O mundo era bem mais bonito então, quando não havia plano/seguros de saúde… esta não era um negócio… e o dinheiro não tinha tanto poder.
    Como sempre, excelente crónica!

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    1. Dulce,
      Você captou exatamente meu propósito maior com a crônica.
      Como mudou a sociedade… O que houve com a solidariedade?
      Quando a saúde virou “business” tudo mudou. E não foi para melhor.
      Muito obrigado por seu comentário.
      Desejo uma semana de paz, alegrias e muita inspiração.
      Abraços!

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  11. Olá meu Amigo, Muito boa noite, Recordar a criança que se foi um dia, é maravilhoso Mais uma vez, parabéns!!! Recomendações à Sonia e demais familiares.

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    1. JH,
      Nem sei explicar porque me ocorrem tantas lembranças da infância. E gosto de compartilhar, pois muitos viveram também histórias semelhantes.
      Obrigado por comentar, meu amigo!
      Grande abraço e uma semana alegre e em paz para você e sua família.

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  12. É incrível como você lembra tão bem da sua infância, Antônio. Fico encantada porque não lembro de muitos detalhes da minha.
    E a história dos seus amigos me fez lembrar como nossa vida é frágil e dependente de outras pessoas, não importa o dinheiro que tenha.
    Um beijo grande e feliz Páscoa!!!

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    1. Nicole,
      Antes de começar a escrever nem eu sabia que tinha memória de tantas histórias da infância. A escrita ativou estas lembranças.
      De fato, em questões de saúde, muitas vezes o dinheiro não resolve. E os “planos de saúde” nem deviam ter este nome…
      Beijos e desejo uma maravilhosa semana!

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      1. Vou começar a fazer esse exercício com a escrita, Antônio! Vejo que fico mais nos eventos do presente, mas a memória da nossa própria história tem tanta coisa também!
        Obrigada e ótima semana também 💚

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  13. Bom dia meu parceiro querido, tudo bem na terrinha? Parabéns pela ótima crônica. Hoje os meninos não tem , além de carrinhos com rodas de bilha, nem hospitais públicos. Na saúde é educação pública o Brasil só piorou. Abração

    Enviado do meu iPhone

    >

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    1. Meu querido amigo Luiz Carlos,
      Na saúde acho que o desastre foi maior, pois na educação pelo menos existem alternativas na iniciativa privada. Já na saúde…
      Muito obrigado pelo comentário, meu irmão!
      Grande abraço!

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  14. Pode parar Ney….. não fui eu a dedo- duro!!! Irmã caçula , cúmplice Cacoa até debaixo d’água!!!😊
    De qualquer forma ainda bem que a peraltice foi revelada e meu irmão foi socorrido e cuidado!!!!
    Êta garoto travesso…. mas sempre vale à pena uma boa aventura!!!!

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  15. Ei Cacau!
    Seu estilo é repleto de bondade- apresenta um problema social de uma forma saudosista que, ao invés de nos revoltar, nos envolve em recordações prazerosas. Mas deixa bem claro seu recado, sua queixa.
    E eu desvio os olhos do social e penso no sentimental . E percebo uma outra perda que os tempos modernos impõem às crianças: a alegria , a festa do convívio com a turma e a possililidade de conquistar amizades perenes que as brincadeiras de rua proporcionavam.
    Carinhoso abraço, meu primo querido.
    Que não se perca a esperança!!

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    1. Minha querida prima Gena,
      A delicadeza do seu comentário me encanta.
      Compartilho do seu pensamento no sentimental: as diversões eletrônicas, mais solitárias e individualistas, afastam as crianças do convívio intenso nas brincadeiras, deixando lacunas na formação e no preparo pra a vida, além da perda de laços de amizade mais fortes. São os tempos modernos.
      Mas, como você disse, não percamos a esperança de que novas abordagens possam, num futuro próximo, contornar estes efeitos negativos.
      Beijos e muito obrigado por comentar!

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  16. Nunca imaginei que o ser humano sereno e calado fosse tão travesso na infância. Grata surpresa! Afinal ter histórias pra contar são muito boas e inspiradoras. Valeu amigo pela viagem no tempo, na ladeira, no escorrega, nas raladas do asfalto. Continuo aqui apreciando.

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