Foi no aniversário de 100 anos de meu pai. Reunimos a família, mais próxima e mais distante, reservamos um hotel inteiro só para nós em uma cidade de praia próxima do Rio de Janeiro e ali fizemos uma bela festa. Claro, um evento raro e emocionante. Ele estava bem de saúde, lúcido, sem doenças e apenas usava uma bengala para apoio ao caminhar.
Em certo momento, já próximo ao final da festa, sentei ao seu lado e perguntei:
— Como está se sentindo ao completar 100 anos, pai?
Ele me encarou com um ar de surpresa, como se não esperasse a pergunta ou nunca houvesse pensado sobre a resposta. Aguardei. Meu pai desviou o olhar, recostou na poltrona e mirou o teto, procurando a resposta que correspondesse realmente ao que estava em seu coração.
Demorou menos de um minuto, mas eu esperaria por horas, pois percebi que viria algo verdadeiro e profundo. Disse então apenas esta frase:
— Eu sinto que a vida passou rápido demais!
Foi a lembrança mais forte que tenho da festa. A pessoa tem o privilégio de viver 100 anos, um tempo ampliado, um horizonte distante para a maioria de nós e me diz que uma vida longa pareceu curta…
A frase me marcou e em muitas ocasiões reflito sobre ela. Passei a ficar mais atento com perda de tempo, desperdício de oportunidades e sonhos abandonados. Se a vida passa muito rápido, mesmo para quem chega aos 100 anos, imagine para a maioria de nós.
Desde então, muitas vezes me ponho a pensar em quantas coisas poderia fazer e não fiz, quantas palavras deveria ter dito e não disse, quantas experiências poderia ter vivido e deixei passar. Penso isso não como um lamento, mas como um intento. Preciso fazer o muito que ainda pode ser feito, dizer o que ainda deve ser dito, viver tudo que ainda pode ser vivido. Deixar de perder tempo em conversas inúteis e tarefas fúteis. Sem temores, pois como diz um velho ditado, a felicidade começa quando o medo acaba.
Enquanto as condições permitirem, é preciso levantar os olhos, expandir os horizontes, despertar para novos interesses, aprender habilidades até então desconhecidas. Somar e multiplicar e não subtrair e dividir. Atrair coisas novas e trair coisas velhas!
A frase de meu pai me fez ter mais fome de vida. Passei a desejar a intensidade ao invés da velocidade, ter a curiosidade de uma criança, olhar o mundo com a ânsia de um recém-chegado à vida.
Antes que seja tarde!
Curiosamente, após os 100 anos, meu pai experimentou um rápido declínio. Em pouco tempo parou de andar, passou a usar fraldas e quase já não saía mais de casa. Passava os dias a cochilar e a ver navios — literalmente, pois morava próximo ao mar.
Falava pouco, quase nada. Comia sem fome, bebia sem sede, ria sem alegria. Tinha tudo e não queria nada. Descansava, mas o cansaço permanecia. Dormia, mas o sono persistia. Enfim, a vida cheia ficou vazia.
Uma frase de Victor Hugo retrata bem o período que meu pai vivia: Não ter nada para fazer é a felicidade das crianças e a infelicidade dos velhos.
Passou o tempo e em seu aniversário de 103 anos, repeti a pergunta, agora a um outro sujeito, muitíssimo mais velho que aquele de 3 anos antes:
— Como está se sentindo ao completar 103 anos, pai?
Já não me olhou, mas notei que ouviu a pergunta e fiquei esperando, incerto de que viria uma resposta, já que o olhar vidrado agora era constante.
Após um breve tempo, ele respirou fundo, pegou no meu braço e sentenciou:
— Passei do ponto!
Não gostei de ouvir isso. Mas no fundo eu sabia que tinha razão. Ele faleceu 5 meses depois e me deixou a certeza de que é possível 100 anos passarem rápido e 3 anos parecerem não ter fim.
Talvez por isso, o nosso poeta Carlos Drummond de Andrade tenha dito certa vez:
A vida é breve, a velhice é longa.
Antonio Carlos Sarmento
Que felicidade ter o pai ensinando aos 100 anos. É uma benção!!! A velhice nos traz sabedoria mais do que outra coisa e nos ensina a viver com mais intensidade. Aproveitar cada dia como se fosse não o último mas o único. Beijo grande
CurtirCurtido por 1 pessoa
Estava bem inspirado quando fez está crônica, parabéns!
Tem diversos auges onde marca com maestria o contexto da mensagem da percepção humana do tempo que se perdeu ou ganhou na vida.
Posso ver a face do meu saudoso tio Alfredo ao olhar e preparar se para a resposta e por fim, falar com sua voz um pouco rouca mas marcante e precisa.
Abraços e um bom domingo.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Caro primo Rômulo,
É interessante como ainda sinto a presença de meu pai. E é isso que me inspira a escrever crônicas como essa.
Bom que a crônica também despertou em você a lembrança dele.
Obrigado por comentar, primo!
Um afetuoso abraço e uma ótima semana a todos da família!
CurtirCurtir
Amiga Lucia,
Adorei o contraste entre último e único. Muita sabedoria…
Obrigado por comentar, minha amiga e uma excelente semana em terras geladas!!
Receba o calor da minha amizade.
Beijos
CurtirCurtir
Lindíssima crônica!
Como cada minuto é precioso e passa tão rápido como 100 anos de vida.
Seu pai, homem sábio, ele não passou do ponto, ele chegou ao ponto, como se dissesse: ” Preste atenção! Não perca mais tempo, tudo é muito rápido, viva logo não espere chegar, chegue antes do fim ao ponto de aproveitar cada momento da veloz da corrida contra o tempo, ele, o tempo, é o vencedor e nós temos que ser os copilotos atentos para as curvas, as dúvidas, descidas e quando chegar na bandeirada final poder dizer, venci! Não o tempo, mas vivi cada minuto como se fosse dessa bandeirada vitoriosa.
Cheguemos ao ponto final, com a gratidão de ter disputado essa corrida com muito amor, junto ao próximo, a família.
E com a gratidão a Deus de ter nos colocado nessa corrida em que todos chegam ao fim, mas os campeões são os que aproveitaram casda escasso minuto de escassos 100 anos.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Chico,
Seu comentário é outra crônica. “Aproveitar cada escasso minuto de escassos 100 anos”!!
Muitíssimo obrigado por comentar!
Beijos na Helen e Pedrão e que tenham uma excelente semana!
CurtirCurtir
Querido amigo, bom dia!
Que linda e emocionante crônica. Que felicidade ter uma família assim e um pai com muita sabedoria.
Chico também foi muito feliz em seu comentário. É isso meus amigos.
Nos últimos tempos tenho pensado bastante a respeito de oportunidades perdidas, da velocidade com que a vida passa, do que fiz e do que deixei de fazer e outras coisas.
Em resumo, a sua crônica fez passar um filme na minha cabeça e concluir que ainda tenho tempo para fazer muitas coisas.
Vou seguindo em frente com esse objetivo.
Muito obrigado pela feliz idéia do assunto da crônica de hoje.
Deus te abençoe sempre e conserve sua criatividade e o dom de escrever.
Abraços e boa semana para vocês.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Amigo Newton,
Recebo seu comentário com a alegria de quem tem um objetivo ao escrever e o alcança.
Como bem sabe, meu lema é escrever “histórias leves, para divertir e fazer pensar”. Parece que foi o que aconteceu…
Claro que você tem tempo para muitas coisas e despertar para isso é maravilhoso!
Obrigado pela gentileza de suas palavras e desejo que tenham uma ótima semana, cheia de coisas novas!
Abraços a você e Nuri!
CurtirCurtir
Caro Amigo Sarmento, Muito bom dia, Para mim e para a Sueli, a imagem do seu pai na nossa formatura da ESG, é inesquecível, além da beleza física, um ser de muita sabedoria, com certeza. Temos saudade. Nesta crônica, também, me chamou a atenção o termo trair *usado, penso eu, como antônimo de *atrair. isso é muito sutil, fiquei deveras impressionado, mais uma vez, parabéns. Recomendações à Sônia, à Tatiana, ao Jean e ao pequeno Guilherme.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Amigo JH,
Mais uma vez a sua sensibilidade o leva a captar um aspecto que também me agradou: a oposição entre atrair e trair, palavras tão semelhantes, sentidos tão diferentes. Usei-as como antônimos, embora não sejam, mas aí fica como licença poética… hahaha
Fico feliz de saber que também guarda boas lembranças de meu pai. Ele faleceu há 7 anos, mas ainda está muito presente, pois era uma pessoa marcante.
Abraços à você, Sueli, Luizinho, Júnior e uma beijoca na Catarina!
CurtirCurtir
Mesmo tendo oportunidade de aceitar alguns convites de trabalho, optei em trabalhar com meu pai dando continuidade a um sonho de cuidar de uma pequena empresa familiar. Comecei como desenhista, aprendendo cada detalhe com sua profissional e exigente forma de ensinar, já que era professor de desenho técnico da Escola Nacional de Engenharia. Eu o acompanhava a cada reunião dos novos contatos para novos projetos e aprendia a apresentar e a argumentar com as mais variadas personalidades dos potenciais futuros clientes. Ao ler “Ao Ponto” me fez relembrar como foi maravilhoso e produtivo este contato tão perto e ao longo de tantos anos com meu inesquecível pai…Obrigado querido Antonio Carlos…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Caro amigo Armando,
Pelo visto você você teve uma convivência privilegiada com seu pai. Relembrar isso ao ler a crônica e sentir a alegria de bons momentos passados é um ótimo fruto! E isso me alegra.
Obrigado por compartilhar, meu caro amigo.
Grande abraço a você e Valéria e que tenham uma ótima semana!
CurtirCurtir
Coincidentemente minha mãe, que faleceu aos 103 anos também, dizia que a vida passa muito rápido.
Sábios conseguem vivê-la aproveitando o que nos é oferecido gratuitamente por Deus e enfrentando as adversidades na esperança e na fé que isso passará.
Após os 100 anos a qualidade de vida fica a desejar mesmo.
Cada momento tem sua beleza.
Realmente foi uma benção termos pais que envelheceram sábios.
CurtirCurtido por 1 pessoa
É preciso maestria para tocar no tema da morte, parte da vida que nao queremos admitir a existência.
Sua crônica nos leva a refletir sobre o período que nos cabe administrar com sabedoria e generosidade, para podermos dizer: passou depressa…
Começar o domingo com uma boa leitura é fantástico!
Obrigada pela alegria e possibilidades de reflexão que distribui a seus leitores.
Um abraço ao casal 1000.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Querida Helena,
Fico muito contente em participar do seu começo de domingo levando um pouco de leitura e reflexão.
E agradeço a sua gentileza de sempre comentar. Para quem escreve o retorno dos leitores é um prêmio!
Obrigado e desejo uma ótima semana!
Sonia também manda beijos.
CurtirCurtir
Cris,
Lembro bem da sua mãe e do aniversário de 100 anos dela.
Interessante que ela também achou a vida muito rápida… é sinal de boa vivência, rica e cheia de realizações!
Beijos e obrigado por comentar!
CurtirCurtir
Sarmento fiquei tocado com essa crônica. Tenho um grande amigo de 82 anos, muito lúcido, e com tem tenho o prazer de conversar eventualmente, onde aprendo muito com suas experiências, certas e as que deram errado. Ele tem o hábito de dizer:” … o que eu mais tenho agora, é tempo porque não tenho o que fazer…” e eu sempre o critiquei com meu racionalismo meio bobo, dizendo: …” eu, ao contrário, tenho certeza que o que menos tenho é tempo…” Lendo sua crônica cheguei a 2 conclusões conflitantes: ambos, eu e ele, estamos certos e ambos estamos errados… kkkkkkk ou seja “lhufas” de conclusão. Parabéns pela crônica e pela sabedoria de seu pai. Fiquem com Deus e boa semana!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Caro amigo Luigi,
Muito interessante esta sua experiência com um amigo mais velho. É fonte de aprendizado e de reflexões, mesmo que não chegue a conclusões… hahahaha
Obrigado por seu comentário, meu amigo!
Desejo uma excelente semana a você e toda a sua família!
CurtirCurtir
Esta crónica visa algo que é/será de todos nós e que se enquadra na dualidade quantidade versus qualidade de vida, como refere também no texto. E fazendo um paralelo com situações do gênero que conheço e que me fizeram questionar, por vezes pergunto-me: será melhor terminarmos a nossa missão por aqui quando ainda sentimos que “o tempo passou rápido demais” ou quando se sente que “se passou do ponto”.
Eu não sei a resposta. Não sei mesmo.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Dulce,
Eu também não sei a resposta… Realmente dá o que pensar.
Talvez não tenhamos que fazer esta escolha: a vida faz por nós.
Muito obrigado por comentar e desejo uma ótima semana!!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Mais uma crônica maravilhosa.
Linda lembrança essa é belíssima narrativa.
Como sempre vc consegue com suas crônicas nos fazer parar pra refletir.
Parabéns e obrigada por compartilhar essa linda lembrança. Bjos
CurtirCurtido por 1 pessoa
Oi Lucia,
Fico contente que tenha gostado e levado à boas reflexões.
Obrigado por comentar!
Beijos
CurtirCurtir
Querido Cau, linda sua crônica. Coincidentemente a li ouvindo a canção do Lulu Santos, Tempos Modernos,
“o tempo voa,
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte,
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir”
Revivi toda a emoção das datas comemoradas e da postura de papai diante da vida, sempre em tempos modernos.
Que tamanha saudade sinto…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Oi Beth,
Perfeito o encaixe de seu comentário com a letra de Tempos Modernos. Temos mesmo que viver tudo que há para viver!!!
E nosso pai viveu intensamente, por isso a vida dele passou rápido.
Beijos, minha irmã e uma ótima semana!
CurtirCurtir
Aaah… quanta profundidade e verdade nesse texto. Parabéns. Mas é um privilégio passar do ponto tb. Vai-se embora com a consciência mais tkla.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Fefe,
Seu comentário dá o que pensar. Eu estou como a Dulce Delgado que comentou abaixo: não sei a resposta…
Talvez passar só um pouquinho do ponto, seja o melhor. Fica a dúvida.
Beijos e obrigado por comentar!
Aproveite a vida!!!!
CurtirCurtir
Caro Antonio Carlos:
De fato, seu pai estava coberto de razão. O transcurso do tempo é implacável. Hoje conto com 76 anos de vida, acho que muito bem vivida. Mas, não será que deixei de fazer tantas coisas que poderiam ser mais úteis ??? Será que não perdi muito tempo com as inutilidades ??? Essas dúvidas me cercam !!!!
Mas, temos que considerar que chegar aos 103 anos de vida é uma dádiva de Deus. Seu pai realmente foi um belo exemplo que como devemos saber viver.
Parabéns pela bela reflexão !!!
Sds. do amigo e leitor,
Carlos Vieira Reis
CurtirCurtido por 1 pessoa
Caro amigo Carlos,
Pelas histórias que me contou sobre a sua vida não tenho dúvida que foi bem vivida.
Agradeço ao amigo seu gentil comentário e suas palavras que tanto me incentivam.
Um fraterno abraço e uma excelente semana para você, Leila, Carla e seu netinho!
CurtirCurtir
Querido amigo.
Ao longo da nossa amizade e nas inúmeras conversas que tivemos sempre me apaixonei pelas suas histórias de sua família e particularmente da de seu pai. Lembro da sua ida com ele mesmo na cadeira de rodas atendendo seu pedido próximo a sua partida… Não tive esse privilégio pois como você sabe meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano e ele um tenente aviador aos vinte e seis. Mas foram os desígnios de Deus e Ele sabe dos nossos caminhos. Sua crônica de hoje mais uma vez me enriquece com a sabedoria de seu pai sobre nossa vida. Que coisa linda. Já li por mais de uma vez e não fui um dos primeiros a comentar para que a emoção não me contagiasse ao responder.
Obrigado querido por mais esse presente. Breve nos veremos.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Queridíssimo amigo Nei,
Quando escrevo sobre vivências de família já fico esperando seu comentário, pois sei que são as crônicas que mais aprecia.
Ao dizer que leu por mais de uma vez, você me envaidece… uma leitura já é um privilégio, uma releitura é rara e especial.
Obrigado por comentar, meu querido amigo.
Fique com Deus, uma boa semana e manda um beijo pra Jaciara!
CurtirCurtir
Meu amigo, você sempre consegue se superar a cada semana.
Esta crônica de hoje, copiei e compartilhei com minha família (que é enorme e longeva), porque o tema diz respeito a todos nós.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Amigo Galvão,
Agradeço muito por compartilhar a crônica e ampliar a divulgação.
Fico contente que tenha apreciado e esteja acompanhando minhas publicações.
Grande abraço!
CurtirCurtir
Caro Antônio Carlos!
Esse é um verdadeiro chamado à atenção que damos ao tempo. Que com essa grande sabedoria, possamos estar mais alertas. Obrigada pela bela crônica!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Sandra,
Obrigado por comentar. Fico contente que tenha apreciado.
Abraços a você e Frank.
CurtirCurtir
Meu querido amigo Antônio Carlos, boa tarde, você me conhece bem e sabe que só leio as suas crônicas quando estou tranquilo e com a “cabeça no lugar”. Bem agorinha li esta crônica e com certeza foi a que mais me emocionou de todas as que você me presenteou até agora, é veja que do seu livro já li mais da metade das crônicas publicadas lá! Mas falar de Pai e Mãe (com letra maiuscula) é mexer muito com os meus sentimentos. Imagino o seu relacionamento com o senhor seu Pai! E teve a oportunidade de vê-lo chegar aos 103 anos. Eu tive o meu Pai até a idade dele de 86 anos e foram muitas vivências. No final da vida, já com a minha Mãe falecida (morreu com 80 anos) e ele morando sozinho, por opção própria, ele dizia já próximo aos 86 anos: “Estou pronto! Tive uma vida muito feliz! Uma mulher espetacular, dois filhos que são os meus orgulhos, duas noras que considero como filhas, os dois netos e duas netas “as alegrias da casa” e ainda por cima duas bisnetos para completar a felicidade! Querer mais o quê? Estou pronto!” Evidentemente que todas as vezes que falava isso eu fixa muito triste e preocupado com a hora “fatal”, mas aconteceu naturalmente, pois morreu de um infarto fulminante se dar trabalho a ninguém, pois morreu na casa dele! Então, meu amigo, lendo a esta crônica me vejo na mesma situação ou melhor na mesma tristeza de não mais tê-lo em minha companhia. Mas como cristão tenho a certeza que ele está junto de minha querida Mãezinha olhando pela família que eles criaram. Vou parar.. pois estou chorando… Abraços….
CurtirCurtido por 1 pessoa
Meu querido amigo Aylton,
Fico feliz e emocionado em saber que a crônica tocou fundo no seu coração.
Que bom ter despertado em você lembranças tão valiosas e afetivas.
O final de seu comentário é sensacional e fez correr uma lágrima por aqui também…
Obrigado, meu amigo!
Um grande abraço e manda um beijo pra Regínia. Fiquem com Deus!
CurtirCurtir