CURIOSO

Toda criança é curiosa.  E em duplo sentido. É curiosa pois quer saber sobre o mundo que a cerca, quer compreender as coisas e as pessoas, está em fase de descobrir, conhecer e assim vive a perguntar o porquê de tudo. Mas ao mesmo tempo a criança é curiosa por despertar o nosso interesse, apresentar traços e comportamentos que instigam a nossa curiosidade, que nos leva a querer compreender o que estão pensando, como encaram certas situações, que interpretações já fizeram, enfim, como estão evoluindo. Assim, a criança é ao mesmo tempo origem e destino da curiosidade.

Nem sei bem por que iniciei a crônica falando de criança, ou melhor, só pode ser por lembrança do meu neto Guilherme que aos três anos é uma metralhadora a disparar em sequência a mesma indagação: por que?

— Está chovendo muito.

— Por que?

— Porque a água está caindo do céu.

— Por que?

— Porque a água subiu para o céu com o calor e agora está caindo de volta.

— Por que?

— Porque com o calor a água sobe, vira uma fumacinha.

— Por que?

E assim vai numa sucessão interminável que tem como única saída, mudar de assunto ou distraí-lo com alguma outra coisa.

Alguns dizem que a curiosidade não envelhece, fica sempre criança. Se assim fosse, tenderíamos a manter na velhice a curiosidade infantil, aquela que é ingênua, autêntica, sem malícia, sem maldade, pura e edificante. Prefiro pensar que a persistência da curiosidade na idade mais avançada é uma grande conquista, fruto de esforço e determinação, um feito a ser cultivado e admirado. Gosto de pensar que é maravilhoso quando a criança e o velho se encontram na curiosidade.

O grande escritor português Eça de Queiroz define a curiosidade como um instinto que leva alguns a olhar pelo buraco da fechadura e outros a descobrir a América. Uma boa definição para diferenciar o que poderíamos chamar de uma curiosidade pobre e uma curiosidade nobre.

A nobre é uma curiosidade intelectual, sagaz, que em parceria com a inteligência nos leva ao conhecimento. É possivelmente uma das molas da evolução humana. Ser curioso assim é virtude!

Já a pobre às vezes é mórbida, se exibindo com clareza nos grandes engarrafamentos produzidos nas ruas e estradas quando os carros passam lentamente apenas para observar os acidentes. E quanto mais vítimas e mais sangue, mais lenta a passagem. Outras vezes é bisbilhoteira, sem causa, sem propósito, sem utilidade, enfim a curiosidade fútil, vã.  Ser curioso assim é defeito!

E ao citar a curiosidade inútil me vem à memória uma passagem da infância que até hoje passeia pela minha memória.

Eu tinha talvez uns 8 anos de idade. Morávamos então na pacata cidade de Nova Friburgo, distante umas 3 horas do Rio de Janeiro. Na calma de cidade pequena eu ia diariamente a pé para o colégio, que ficava a apenas 15 minutos da nossa casa.

No caminho, havia uma casa que todos nós no colégio considerávamos misteriosa, talvez mal-assombrada. Era cercada por um muro longo e feio, ocupando quase todo o quarteirão. Para ser fiel ao leitor tenho que dizer que me lembro muito bem do muro, não da casa. Era escuro, largo e tinha o topo arredondado, coberto com uma espécie de limo verde. O formato e a superfície escorregadia desconvidavam qualquer intruso.

Sempre que passava por ali eu ficava em silêncio, sentindo um certo medo, não só pelo visual, mas também pelos sons que dali emanavam. Vinham uns latidos fortes, grossos, que me faziam imaginar um cão de guarda grande, feroz e aterrorizante como todos os que habitam uma casa misteriosa, pelo menos nas histórias que eu lia.

No início eu passava depressa, desejando logo me livrar da sensação desagradável provocada pela feiura do muro e por aqueles latidos assustadores.

Porém, a repetição vai tornando as coisas familiares. Com o tempo eu já não acelerava ao passar por ali. Depois, passei a me deter um pouco para ouvir os latidos. Percebi então que o animal se aproximava pelo lado de dentro e ali se dedicava a ladrar como se quisesse me dizer que era proibido parar ao longo da sua área, mesmo na calçada. Mas eu não podia aceitar que ele reinasse fora de seu território. Protegido pelo muro, eu permanecia um tempo ali, como a desafiá-lo, buscando demonstrar sua impotência em me alcançar.

E fui passando de fase neste jogo cego, sem conhecer o inimigo e sem que ele me conhecesse.

Aos poucos ele foi cansando de latir e quando eu parava, sentindo sua presença do outro lado, já quase não se manifestava. Ficávamos ali, bem próximos, separados apenas por uns 20 centímetros de paredão. A proximidade do perigo me trazia uma sensação estranha, inusitada, mas ao mesmo tempo, atraente. Na ida e na volta para o colégio eu tinha um encontro marcado com a fera.

Assim foi por muitas semanas. Até que um dia a curiosidade vã me atingiu. Decidi que eu tinha que conhecer o cachorro. Sim, olhar para ele pelo menos uma vez, saber seu tamanho, sua cor, o tipo de pelo e seus olhos, principalmente seus olhos…

Para ganhar coragem, inventei que talvez ele já estivesse acostumado comigo, aceitando a minha presença e, em sua curiosidade canina, querendo me conhecer também. Resolvi que veria o bicho na volta do colégio, quando normalmente tinha mais tempo.

Assim pensei e assim fiz. Parei diante do muro e ficamos na nossa interação cega, surda e muda. Minhas pernas fraquejavam, mas o desejo de ver o animal era maior que o medo. Logicamente não imaginei pular o muro, mas tão somente botar a cabeça para olhar. Uma espiadela de segundos era tudo que eu queria. Maldita curiosidade!

Depois de muito vacilar, tomei coragem. Dei um pulo, segurei na borda e ergui o corpo.

Antes que eu pudesse ver qualquer coisa, um vulto se ergueu tentando me alcançar e emitiu um rosnado terrível, um som gutural, rouco e assustador. Despenquei do muro e caí sentado na calçada. Atônito e com o corpo trêmulo, eu ouvia o bicho agitado, andando em círculos e grunhindo ferozmente. O animal permanecia desconhecido, mas agora era inimigo declarado.

O que a curiosidade pobre, descabida, me levou a fazer. Correr um risco enorme por nada.

A bisbilhotice sem nexo me levou a ter que atravessar a rua duas vezes por dia durante todo o ano letivo. Nunca mais passei por aquela calçada.

Antonio Carlos Sarmento

30 comentários em “CURIOSO”

  1. Ufa….graças à Deus o juízo foi maior que a curiosidade!!
    Imitando o Gui:
    porque o cachorro era tão feroz???
    Hahahaha…
    Bjkas 😘

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  2. Bom dia Parceirinho! É por isso, quer não gosto de cachorro, nunca se sabe o que ele fazer. Ótima crônica! Parabéns

    Enviado do meu iPhone

    >

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  3. Querido amigo.
    Que bom que você não pulou o muro e principalmente assino em baixo que você nunca ” pulou a cerca” logicamente no bom sentido…. Sua crônica nos delícia logo no início quando afirma que ” a criança é origem e destino da curiosidade”… Mas às vezes não conseguimos vencer o desejo do descobrimento e passamos por alguns apertos como o seu. Eu, embora muito mais idoso que você ainda com a Graça de Deus ainda sou tomado por momentos de curiosidades principalmente por fatos passados. Acho isso muito bom e concordo com você quando qualifica de muito bom quando a criança e o velho se encontram na curiosidade. Desculpa não lhe contar nenhum fato pessoal mas lhe parabenizo pelo tema e as palavras de hoje. Grande abraço amigo.
    Em tempo: Ontem estive num jantar onde estava a Dra Marina grande amiga da Tati e foi muito bom.

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    1. Amigo Nei,
      Seus destaques sobre o texto são sempre preciosos para mim. Curiosamente coincidem com os meus próprios…
      Quanto a “pular a cerca” retribuo a confiança e também assino embaixo por você… hahahaha Seu bom humor é uma maravilha!
      Beijos na Jaciara e muito obrigado pelo prazeroso comentário!
      Em tempo: a Marina é uma ótima menina. Vou contar pra Tati que esteve com ela.

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  4. Prezado Amigo, Muito bom dia, Oportuna a sua crônica de hoje, há pouco relia, a respeito, um escrito de Carlos Bernardo González Pecotche, criador da Logosofia, sobre a Curiosidade, contido no Livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, págs. 147/150 o qual, peço-lhe licença para repassar a seguir: * “**A curiosidade deve sua manifestação a um impulso instintivo.* * No homem primitivo, esse impulso era excitado pelos ruídos estranhos da selva, o rugido das feras, o canto dos pássaros, a chuva, os trovões, etc., e tudo isso o movia a investigar o que existia além de seus limites visuais. Desde então, essa rudimentar forma de excitar o entendimento, que levou os mais civilizados a desenvolver uma atividade mental sempre crescente em busca de novos e frutíferos descobrimentos, na maior parte das pessoas se foi acentuando de forma negativa, até converter-se em deficiência. Isso equivale a dizer que a maioria, em vez de superar aquele originário impulso instintivo, que tanto contribuiu para a subsistência do gênero humano na terra, serviu-se dele para satisfazer demandas ociosas de sua natureza, farejando e averiguando tudo para acalmar os ardores de interesses passageiros e pueris. *
    * Na criança, sempre à espreita de tudo quanto ocorre ao seu redor, reproduz-se em pequeno o mesmo processo seguido pelo gênero humano. O impulso instintivo aparece nela como meio natural de satisfazer a inata ansiedade de seu incipiente juízo. Quando é educada e instruída, esse meio natural de ativar seu entendimento fica sujeito às diretrizes da inteligência. Ao contrário, quando ela cresce sem disciplina nem método que a conduza pela via da compreensão até um grau de maior desenvolvimento, a necessidade de saber se desenvolve nela caprichosamente, amiúde em sentido oposto, ou se corrompe em razão dos estímulos que intervêm sem planejamento, sem medida e sem ordem em sua vida. * * Eis aí de onde provém a curiosidade, modalidade negativa que mantém a pessoa sempre ávida de informação e atenta ao que menos deveria importar-lhe. * * Em tal estado, o ser não inquire para obter um resultado útil ou benéfico para ele ou seus semelhantes, e a urgência que mostra em dissipar a expectativa de novas notícias que ocasionalmente lhe invadem o ânimo, não guarda nenhuma relação com o pouco que dura a sua repercussão, uma vez satisfeito esse afã. * * Associam-se a esta deficiência a indiscrição e o intrometimento. O curioso é, com efeito, um ser indiscreto e intrometido, que vive pendente de tudo quanto se fala ou está ocorrendo ao seu redor, ainda que não lhe diga respeito, e que, impulsionado por sua sede de informação, é capaz de lançar mão de qualquer recurso, sem contar se é de todo lícito ou honesto. Vigia um aqui, segue outro acolá, pergunta, investiga, escuta conversas, e com maior interesse ainda se forem reservadas. Na verdade, ocupa-se de todo o mundo, menos de si mesmo. * * Quem não faz caso da presença da curiosidade em si, como é comum acontecer em relação a todo o negativo incrustado na modalidade própria, está longe de supor as vantagens de sua eliminação. É óbvio que só quem é consciente dos desserviços que recebe dela é capaz de avaliar a importância de abandoná-la. * * A curiosidade é para a mente o que a comichão é para o corpo. Há um meio muito comum de acalmá-las, o qual em ambos os casos proporciona deleite, um efêmero deleite, porque depois tanto uma quanto a outra aparecem de novo, provando que não se destruiu a causa de onde cada uma provém. * * Quando é a curiosidade o que preocupa, e se aspira a livrar-se dela, é preciso aplicar o recurso que permita dar fim a seus inoportunos chamados. Opor-lhe a circunspecção é o que aconselhamos; entretanto, em que medida seremos capazes de promover sua substituição? * * Antes de tentar tal coisa, convirá saber que a circunspecção impõe uma mudança, a qual consiste em passar do superficial ao profundo das coisas, do intranscendente ao importante e transcendente, da curiosidade ao interesse que o fim procurado justifica. Também se terá em conta que ela influi sobre o entendimento, interessando-o em objetivos úteis e importantes, e também sobre o comportamento, que variará de maneira fundamental mediante a prudência que aconselha e a responsabilidade que desperta. * * Após esse primeiro passo, deixar-se-á que a deficiência se manifeste quantas vezes queira, enquanto se pratica a circunspecção até convertê-la numa necessidade íntima, numa modalidade que haverá de proporcionar muitas satisfações. A deficiência terá, assim, menos oportunidades de se fazer presente, até desaparecer por inanição; e quando a curiosidade já não intervém naquilo que se pergunta ou se investiga, mas sim a inteligência, o ato de indagar responde a imperativos da consciência. * * A consciência se ativa no cumprimento de processos de evolução superior, enquanto a inteligência, constituída em vigia permanente do homem, leva sua atenção a todos os campos férteis do mundo mental e físico, para enriquecer com suas observações a vida que o espírito alenta em todo ser humano”. * *Recomendações à Sônia e a toda a família.*

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    1. Caro amigo JH,
      Muito obrigado pelo rico texto. Li com atenção e considero uma boa explanação sobre a curiosidade pobre e a curiosidade nobre.
      Grato por compartilhar seus conhecimentos e leituras da Logosofia.
      Grande abraço, meu amigo e que você, Sueli, os meninos e a Catarina tenham uma maravilhosa semana!

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  5. Prezado Antonio Carlos:
    Muito admiro a curiosidade do seu querido neto e a sua.
    Digo-lhe, com toda franqueza, aos 75 anos, cada dia me torno mais curioso, desejoso de aprender e conhecer algo diferente.
    Parabéns pelo exemplar artigo.
    Sds do amigo e admirador,
    Carlos Vieira Reis

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    1. Amigo Carlos,
      O seu desejo de aprender eu já havia notado há muito tempo. Acho que é uma característica marcante que faz parte da sua natureza.
      Obrigado pelo comentário e desejo que tenha uma ótima semana junto à sua família!

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  6. Sarmento me pego muitas vezes sendo repetitivo nos comentários. Gostaria de ser mais criativo para devolver um pouco do prazer que sinto, lendo suas crônicas. Mas não sou tão competente.
    Então… Como temos tantas coisas em comum! Parece que vivemos nossa infância/adolescência, no mesmo bairro, vivendo as mesmas situações e curiosidades! Isso me passa um pouco a sensação de que as situações são quase que iguais para todos, guardadas as particularidades da epoca. Morei em laranjeiras e la existia um casarão antigo, abandonado, que me veio fortemente a memória quando voce relatou sua experiência. Paro por aqui porque estou viciado em conversar e muito prolixo com a idade. Bom domingo, boa semana e que Deus nos abençoe.

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    1. Caro amigo Luigi,
      Nossos pontos em comum vão se avolumando: também vivi minha infância em Laranjeiras, lá no finalzinho, quase chegando ao Cosme Velho.
      Obrigado por comentar, meu amigo. E não se preocupe com o vício em conversar ou ser prolixo, pois seus comentários são sempre bem-vindos e os aprecio.
      Um forte abraço e que tenha uma semana ótima junto à sua família!

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  7. A curiosidade é um tema muito interessante, você o apresentou com arte.
    Se na infância é sedutora, nos idosos é força vital. Felizmente para mim, aos 82 anos, justifica a caminhada e dá sabor à vida.
    Lendo sua crônica, comecei lindamente o meu dia.
    Grande abraço.

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    1. Amiga Helena,
      Sua lucidez e vivacidade aos 82 anos a tornam bem mais jovem.
      Que bom ter contribuído para um bom começo do seu domingo!
      Muito obrigado por comentar aqui no site.
      Grande abraço e uma ótima semana!

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  8. “A curiosidade é inimiga da segurança” ! Eu desde criança tenho medo de cachorros e olhe que depois de casado já tivemos um Yorkshire que viveu treze anos conosco e era brabo! Abraços.

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  9. Um cão atrás de um muro, a ladrar ou em silêncio, é sempre um cão preso…
    Só aventureira curiosidade infantil seria capaz de subir esse muro! Não me parece que se trate de um caso de “curiosidade pobre” ou “bisbilhotice”, porque é apenas fruto da inexperiencia e da ingenuidade.
    Uma aprendizagem dura…mas que certamente valeu para a Vida!

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    1. Dulce,
      É possível que você tenha razão: no episódio pode ter pesado mais a ingenuidade que a curiosidade.
      Mas o importante é que o aprendizado veio. E ficou!
      Muito grato por comentar.
      Desejo uma ótima semana na bela primavera de Portugal!

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  10. É muito interessante a curiosidade. Muitas coisas não temos nenhuma curiosidade e seriam fáceis de “matar a curiosidade”, mas não nos interessamos, e noutras temos “sede” para descobrir e geralmente são as que trazem, dependendo da situação, os maiores desafios.
    E refletindo sobre sua crônica, chego a conclusão que as maiores curiosidades é onde “mora o perigo”, e muitas vezes como foi seu caso corremos até alguns riscos desnecessários. Mas, será que realmente são desnecessários? Como devemos agir?
    Afinal, quem consegue ficar sossegado sem ” matar” uma curiosidade e também quantas vezes aprendemos muito descobrindo curiosidades.
    Curioso isso!!!

    Gostei muito da crônica.
    Abraços
    Chico

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    1. Chico,
      Você tem razão: o mecanismo que move a nossa curiosidade é de fato, misterioso. Nos faz oscilar entre a curiosidade nobre e a pobre…
      Mas a busca do conhecimento que nos faz crescer, só vem se houver esta curiosidade pelo saber. E ela que nos impulsiona.
      Muito obrigado por comentar, meu irmão!
      Beijos e uma maravilhosa semana para você, Pedrão e Helen!

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  11. Caro primo, a casa assombrada da minha infância era a casa dos engenheiros da Leopoldina que hoje nos pertence.
    Acho que a minha experiência foi um pouco além da sua pois além dos cachórros, ouvíamos histórias sobre seus viventes ingleses com hábitos estranhos como comer galinhas que eram penduradas pelos bicos até que se despreendessem num processo de maturação da ave e outras que não cabem aqui no momento.
    Olhava a casa por frestas das cercas sempre esperando ver ETs ou algo semelhante.
    Enfim um castelo de fantasias que foram se desfazendo com o tempo e que culminaram por um todo quando lá fui morar.
    Até hoje todas as histórias envolvendo a casa permeiam as minhas fantasias e me são muito caras e sempre que algo me relaciona a estás lembranças, um leve sorriso me vem a face.
    Acho até que todos que morávamos aqui em Argolas, de alguma forma tínhamos aquela casa como algo surreal como se habitada por seres de outro mundo.
    Um abração e que Deus continue a te inspirar para nos presentear com momentos ímpares como o desta crônica.

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    1. Caro primo Rômulo,
      Não sabia desta história que você compartilhou.
      Muito boa esta troca e o despertar de lembranças da nossa doce infância.
      Obrigado por comentar e contar um pouco de si, revelar seus pensamentos e sensações despertados pela leitura.
      Um forte abraço e desejo que tenham uma ótima semana!

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  12. Muito interessante o tema da crônica, mas fica uma questão para outra crônica. O interesse por um assunto, quando pequeninos como o Guilherme, fica restrito ao “ porque ?”
    Mas quando adultos a curiosidade ou o maior interesse leva muitas vezes à pesquisa, e para alguns à profundidade desta.
    Alguns de nós tem a “Sede de saber” por vários assuntos, que nos levam a ser profundos conhecedores de temas variados.
    Porque alguns de nós tem a “Sede de saber” ?
    Encomendada a crônica ao meu escritor preferido!

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  13. Eu fui obrigada a rir de suas peripécias, imaginando a cena. Toda criança é curiosa e imagina um bando de crianças procurando brincadeira!!! Pois é, de casas mal assombradas a abóbora com vela acesa numa curva escura tudo era festa para nós!!!! Boa semana! Bjs

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