Escrevo numa quinta-feira. Desde que meu pai faleceu, este era o dia da semana em que, com sol ou chuva, eu visitava minha mãe. Ela era muito apaixonada pelo marido mesmo após 60 anos de vida comum e a falta dele precisava ser suprida com muitas visitas de filhos, netos e bisnetos.
No caminho para a casa dela eu passava numa feira em Copacabana e levava frutas e doces para alegrar suas refeições. Minha mãe me recebia sempre com surpresa, se abria num grande sorriso e invariavelmente comentava que sentia saudades, já que há muito tempo não me via. Costumava dizer que eu estava sumido…
Sempre preferi não contestar nem lembrar a ela que eu havia estado ali há apenas uma semana. Afinal, para quem está solitário o tempo passa diferente. E para quem, além da solidão, vive a lacuna da perda do seu amor, o dia não pode ser medido em horas e a noite talvez tenha que ser medida em quilômetros.
Além das visitas semanais, eu telefonava para minha mãe todos os dias, ao fim da tarde. Às vezes uma conversa mais curta só para ouvir sua voz, outras vezes um papo mais longo quando eu tinha algum acontecimento bom para contar. Os problemas e dificuldades eu preferia não mencionar. Claro, mãe sempre se alegra quando estamos contentes e se entristece quando enfrentamos dissabores.
Depois que minha mãe se foi, mandei desligar o telefone fixo. Sim, eu tinha este aparelho só para falar com ela — além de receber indesejáveis ligações de telemarketing. O fato é que minha mãe, aos 88 anos, se atrapalhava com o uso do celular, o que é compreensível para quem nasceu e cresceu em um outro mundo, no início do século XX, entre as duas grandes guerras mundiais.
Presenciei certo dia o celular tocar e ela, apressada para atender, pegar no sofá o aparelho preto e cheio de teclas e levar ao ouvido. Nada escutou e achou que estava com defeito. Era o controle remoto da televisão… Rimos juntos.
Já escrevi um pouco sobre minha mãe em algumas crônicas, contei passagens e até relatei a sua morte. Nem sempre é fácil falar da própria mãe sem parecer clichê ou entediante. Vou correndo o risco e hoje comento um pouco mais, porém preciso resistir ao impulso de elogiá-la muito, pois afinal enaltecer a própria mãe é praticamente um autoelogio, algo a evitar.
Basta falar em mãe e logo afloram memórias de infância. Lembro quando ela me levava para comprar sapatos na rua da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. Eu tinha uns 10 anos e ainda hoje sinto sua mão me levando pelas ruas movimentadas, entrando em lojas e adquirindo generosamente aquilo que eu desejava.
O final das compras era sempre na Rua do Ouvidor, onde, na Confeitaria Manon, minha mãe me oferecia a mais deliciosa sobremesa que eu até então experimentara: uma imensa banana split. Eu rezava para o sapato novo estragar logo e repetirmos o passeio, só eu, ela e a banana split.
Mais de 60 anos depois, a confeitaria ainda existe e cada vez que passo ali, a vejo sorrindo como na ocasião, enquanto me observava devorar a iguaria. Parecia ter mais prazer que eu mesmo.
Às vezes penso que só a mãe gosta da gente exatamente como somos. É algo que nem nós mesmos conseguimos. O amor da mãe é maior que o nosso amor-próprio.
Recentemente, junto com minhas duas irmãs, tentamos resgatar o livro de receitas que minha mãe usava para produzir pratos inesquecíveis. Na realidade era um caderno espiral desses usados em escolas, onde ela, com letra de professora, anotava com capricho a fórmula mágica das delícias com que brindava a família.
Quantas especialidades: o doce de abóbora, a torta de bacalhau, a macarronada, o frango ensopado, o bolo de laranja, o pavê de leite condensado… Até hoje não encontramos mais estes sabores e a criança que vive em nós continua pedindo bis em vão. Só o caderno poderia nos saciar.
Pois bem, há poucos meses, num encontro com a pessoa que cozinhava para ela na fase final da vida, perguntamos, sem muita esperança, pela valiosa obra:
— Conceição, por acaso você sabe onde foi parar o caderno de receitas de mamãe?
A resposta foi surpreendente:
— Um caderno espiral com receitas? Está comigo!
Foi uma euforia.
Logo fizemos planos de digitalizá-lo para se tornar eterno e poder ser compartilhado por toda a família. Com gula de criança, eu já salivava antecipando os sabores das primeiras receitas que seriam servidas.
Dias depois, sob grande expectativa, o caderno chegou na casa de uma das minhas irmãs que, ansiosa, abriu o pacote. A emoção transformou-se em decepção: era sim um caderno espiral com receitas, porém impresso, produzido em gráfica. Ou seja, algo adquirido em loja e não aquela obra de arte por ela construída no dia a dia, peça única, cheia de pinceladas de sabedoria e talento. Perdemos o caderno de receitas e a esperança de recuperá-lo um dia. Mais uma lacuna deixada por ela…
Finalizo recordando que, em uma de minhas crônicas, escrevi o seguinte:
Quando a criança vai para casa o balançar continua, para acalmar, para ninar, para dormir. Há até mesmo os berços que balançam, talvez hoje em desuso. Mas é daí que vem a famosa frase “a mão que balança o berço”, expressando a importância da maternidade e seu valor na vida de cada um de nós. A mão da mãe que nos balança é a mesma que nos guia.
Hoje complemento que esta mão que nos guia parece continuar existindo pela vida afora. A mãe vai embora, mas ainda fica. Está longe, mas não ausente. Mãe nunca vira um museu, um memorial, com coisas só do passado. Pelo contrário, ela continua vivendo na gente. Eu ainda sinto ela me dando colo, concedendo a benção, participando da minha vida, oferecendo conselhos, acalentando o meu coração nas angústias, se orgulhando de meus poucos feitos e repreendendo meus muitos malfeitos. Acho que mãe não acaba, se eterniza em nós.
Este domingo é o meu quinto Dia das Mães sem estar ao lado dela.
Mãe, desculpe o atraso. A emoção só agora abrandou e deu espaço a estas escassas palavras. Se puder ler esta crônica, vai saber do meu desejo de que esteja em paz e feliz, seja onde for.
Apenas te peço algo de que preciso muito: continue balançando o meu berço.
Antonio Carlos Sarmento
Muito linda e emocionante. Tenho ver que assim como sua escrita, seu carinho e sua emoção chegaram até ela. Também perdi minha mãe mas, pra dizer a verdade, não sei precisar quando. O Alzeimer foi matando aos poucos a mãe que me dava carinho, atenção e cuidados. Mas sua presença é sentida até hoje, procuro lembrar dela lúcida, contando as vitórias da vida , as palestras que fazia…
Um domingo com muitas lembranças felizes para você e um beijo pra Sônia e pra filhota pelo Dia das Mães.
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Amiga Lucia,
Lembro muito bem da sua mãe, especialmente quando foi morar com você em Brasília.
Mãe deixa sempre uma doce lembrança e se faz presente mesmo depois de ter nos deixado.
Beijos e tenha uma boa viagem de retorno!
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Muito obrigado pela sua maravilhosa crônica!!
Como sempre muito precisa.
Fica bem!!
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Valeu, Gilvan!
Ainda em terras lusitanas, meu amigo?
Grande abraço!
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Simmm amigo!!
Minha estada aqui ainda deverá durar pelo menos dois anos.
Estudante profissional!! Estou a ter um excelente aprendizado cultural e de vida.
Um abraço forte para ti.
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Linda crônica querido amigo.
Nada melhor do que falar e relembrar de nossas mães. A minha foi uma guerreira , viúva aos 24 anos e com dois filhos e conseguiu vencer todas as adversidades e nos fazer pessoas do bem. Eu e Jaciara estivemos ao lado dela até seus últimos dias aos 90 anos cheios de lutas e dedicação. Parabéns querido amigo pela linda e pertinente crônica de hoje. Abraço imenso na mamãe Sônia .
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Meu querido amigo Nei,
Sua mãe enfrentou uma verdadeira saga ao ter que criar dois filhos sozinha, com apenas 24 anos de idade.
Era ainda uma garota e já teve que assumir esta gigantesca responsabilidade.
Posso dizer, por conhecê-lo bem, que ela foi muito bem sucedida!
Muito obrigado pelo comentário, meu amigo.
Desejo uma ótima semana a você e à Jaciara!
Abração!
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Que beleza de crônica!
Como temos quase a mesma que idade, existem muitos momentos parecidos, tipo Manon, Colombo, comidas deliciosas, livro de receitas e por aí vai.
Fiquei muito emocionado e vi minha mãe em detalhes.
O tempo passa, e as mães ficam conosco independentemente de estarem presentes fisicamente.
Meu Deus! Vou te respondendo e me emocionando mais, como queria dar um beijo e um forte abraço na minha mãe e dizer o quanto a amo.
Tenho certeza que ela está em paz e brilhando. Mães são as estrelas do céu e da terra.
Valeu Cacau!
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Amigo Chico,
Meu propósito com a crônica foi esse mesmo: despertar no leitor a lembrança de histórias da própria mãe e assim fazer memória dela de um modo leve e emocionante.
Fico feliz de saber que foi exatamente o que aconteceu com você e me sinto feliz por isto.
Eu às vezes penso que nossas mães ficaram amigas lá no céu…
Beijos!
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Meu amigo e irmão bom dia, você conseguiu!! Fiquei numa tristeza só! Pensei em minha querida mãezinha e chorei muito…. Foi a pessoa que me amou sem limites. Sinto o tempo todo que ela está ao meu lado, me dando conselhos, me chamando a atenção das coisas erradas que insisto em fazer. A saudade é imensa… Minha adorada mãezinha! Um dia fiquei doente, talvez uma gripe muito forte, pois não me lembro muito bem, pois era raro eu “ficar de cama”. Tinha em torno de uns quinze anos de idade e a febre era alta. Pois bem, ela se ajoelhou na beira da minha cama e ficou rezando, com uma voz moderada, durante uma eternidade de tempo. Nunca vou esquecer disso. Outra vez fui levar um cafezinho com biscoitos, a pedido dela, para um vizinho, tinha talvez uns doze/treze anos, e no nosso prédio em Irajá não tinha elevador e muito “gordinho” e sempre com pressa, tropecei e cai nas escadas e quebrei tudo! Pensei! Vou levar uns “bofetes” ! Voltei chorando e falei com ela o acontecido, e aí ela me abraçou e disse que não tinha importância, pois o bom é que eu não tinha me machucado! Quanta bondade! Quanto amor! Minha mãe foi uma verdadeira mãe! Mas por sorte e por presente de Deus, ele me presenteou com uma esposa que foi a continuação deste amor que minha mãe me dava! A Reginia foi e é uma super-mãe! Nós dois tivemos sorte! Vou encerrar este enorme texto de hoje com um abraço fraterno na minha amiga e irmã Soninha pelo dia de hoje! E fiquem com Deus.
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Querido amigo Aylton,
Este seu choro não é de tristeza, mas de emoção e saudades da sua mãe.
Tanto que lembrou boas histórias de sua infância e atitudes dela que marcaram o seu coração. De certa forma, um reencontro com ela!
Prefiro pensar que se você não tivesse lido a crônica, nós não saberíamos as duas deliciosas histórias com que nos brindou.
Obrigado por compartilhar, meu querido amigo.
Uma ótima semana para você e Regínia!
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Emocionante crônica querido amigo!
Me fez lembrar da minhas visitas a minha querida mãe, o almoço em família no dia das mães, etc ……. Muitas saudades!!!!!
Que falta faz um colo de mãe, um carinho, um cafezinho, um Papinho sobre as conquistas e as provações…….
Como é bom o amor de mãe!
Uma semana abençoada para todos.
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Amigo Newton,
É isso mesmo. Como é bom o amor de mãe. É incomparável!!!
Normalmente não escrevo vinculado a datas, pois tenho dificuldades em fazer um texto com uma finalidade específica. Sempre prefiro deixar a imaginação voar, mas neste domingo, ela voou direto para minha mãe…
Grande abraço, meu amigo e uma ótima semana para você e Nuri, na casa nova!
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Poxa Sarmento que covardia essa sua crônica com nossos corações distantes fisicamente de nossas mães, no descanso eterno.
Só para pontear, lembro bem que minha mãe, filha de pais separados, nos levava, eu e meu irmão, para cortar cabelo, colocava-nos roupa de domingo, e depois íamos tirar fotografias num estudio na galeria Real em Copacabana, para ela dar uma foto a minha amada avó e ao avô. Saimos, eu e meu irmão, invariavelmente, com um sorriso meio forçado e aquele topete de “lambida de vaca” como se dizia….. kkkkkkk. Suas crônicas sempre me fazem o domingo mais feliz.
Deseje um feliz dia das mães a sua esposa e que Deus a abençoe.
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Amigo Luigi,
Que bom ter lembrado histórias de sua mãe e compartilhado conosco. Esse era o meu objetivo: não ficar elogiando, mas rememorar acontecimentos e a presença da mãe em nossa vida.
A “lambida de vaca” me fez rir. Também passei por isso…
Um grande abraço e muitas felicidades à você e às mães de sua família!
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Meu amigo, Sarmento.
Você me fez viajar, no tempo e no espaço, e me fazer sentar no colo da minha mãe. Me recordou as conversas que também tive, as alegrias provocadas com nossos pequenos gestos e a imensa felicidade que proporcionávamos com os mais simples feitos.
Obrigado por esse presente nessa data tão especial.
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Caro Galvão,
Aconteceu com você o que eu desejei quando escrevi a crônica.
Contei histórias minhas na intenção de que o leitor pudesse lembrar as suas próprias. E assim, homenagear não a minha mãe, mas a mãe de cada um que fizesse a leitura.
Foi a este presente que você se referiu e fico muito feliz com isso!
Grande abraço, meu amigo!
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Emocionante. Amei tantos trechos… muito feliz em ter tido a oportunidade de conhecer essa mulher e descender dela.
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Fefe,
A experiência de lermos ao vivo, em família, esta crônica foi mesmo emocionante.
Ainda mais para você, às vésperas da chegada da Mariana, quando será mãe pela segunda vez.
Uma maravilhosa semana à você, Marcos, Tom e a tão amorosamente aguardada Mariana!
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Meu querido Irmão que presente emocionante recebo neste fim de Dia das Mães lendo sua linda crônica. Aquele jeitinho meigo e amoroso de nossa Mãe alimentou e marcou nossas vidas, nos deixou carentes.
Também quero o colo e o balançar do meu berço da nossa eternamente amada e saudosa MÃE.
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Minha irmã,
Fico feliz que tenha gostado e despertado em você boas lembranças de nossa mãe.
Ela vive em nós e jamais deixará de nos balançar o berço.
Beijos e uma ótima semana!
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A mãozinha da Mãe não se esquece nunca, nem a que nos guia, nem aquela que seguramos com gratidão pela vida guiada. Obrigada Sarmento pela viagem no tempo
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Yara,
Esta mão nunca nos deixa e a gratidão por isto é sem limites.
Obrigado por comentar.
Desejo uma excelente semana!
Abraços
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E através da quinta feira ela continua lhe conduzindo pela inspiração… Gosto dos detalhes.
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Yara,
É verdade. Ela continua comigo.
Quanto aos detalhes, a sua sensibilidade percebe que fazem diferença e tornam a leitura mais intensa e interessante, não é?
Abraços
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Mesmo depois de partirem deixam tanta ternura em nós! A minha já partiu há 25 anos, mas é raro o dia em que, por isto ou por aquilo, ela não vem ter comigo, à memória ou ao coração.
E sinto-me uma previligiada por isso e por ter herdado tanta coisa dela….menos o jeito para a cozinha!
Ela gostava de cozinhar e fazia-o maravilhosamente…eu sempre detestei cozinhar! E nunca consegui fazer uma receita do livro dela que ficasse com o mesmo sabor…nunca…
Creio que faltava o tempero principal: ternura de mãe!
Bela crónica!
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Dulce,
Eu também tinha cá minhas dúvidas se, ao recuperar o livro de receitas, teríamos a capacidade de reproduzir os sabores. É bem possível que não… O talento e a arte de quem cozinha e o amor que ali coloca, fazem muita diferença.
Obrigado por comentar e que tenham uma ótima semana!
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Caro Amigo Sarmento, muito bom dia. Muito sensível a sua crônica deste domingo, que bela homenagem à sua mãe, que nos faz, a cada um dos seus leitores, a realizar uma volta ao nosso passado, da infância à idade adulta, com a alegria da gratidão por este ente tão singelo, na vida de todos nós. Mais uma vez, parabenizo-o pela sua sensibilidade e talento. Transmita à Sônia e à Tatiana, os meus parabéns pelo Dia das Mães, com as recomendações de praxe, à elas, ao Jean, ao Guilherme e demais familiares.
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Querido amigo JH,
Eu é que, mais uma vez, agradeço seu comentário e fico feliz que a crônica tenha despertado boas lembranças de sua mãe. Não a conheci, mas pelo filho, só pode ter sido uma pessoa iluminada!
Uma semana de paz e alegrias, os parabéns à Sueli e a todas as mães desta maravilhosa família!
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Bom dia meu querido !
Linda e emocionante a crônica desta semana.
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div>Mãe é sinônimo de amor e dedicação, parabéns.
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Obrigado, meu querido amigo Luiz Carlos!
Sempre muito bom receber os seus comentários, leitor assíduo e infalível!
Grande abraço!
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Antonio Carlos, sua crônica com certeza fez florecer muitas histórias de mãe. Tudo que o coração guarda fica eterno, como diz Rubem Alves.
A saudade da mãe deixa um vazio, mas é uma saudade boa, que nos faz lembrar momentos felizes.
Continue a nos presentear com sua arte, faz o domingo mais bonito.
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Helena,
Que bom ter despertado lembranças de sua mãe. Já me sinto recompensado.
Muito obrigado por comentar.
Desejo uma ótima semana!
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Banana split, uma receita que o tempo não vence! Valeu por postar!
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