Sempre que lhe perguntarem se você sabe fazer um trabalho, diga que sim e apresse-se em descobrir como executá-lo. Foi com esta frase de Theodore Roosevelt em mente que, sem nenhuma experiência, aceitei trabalhar numa festa de igreja. Era no estilo festa junina, com barraquinhas de guloseimas, quadrilhas dançando e até um show de música ao vivo. Aceitei querendo ser útil, fazer um trabalho voluntário sem nenhum… Continuar lendo ATENDIMENTO
Crônicas
PARTILHA
Dar título à uma crônica às vezes é algo natural e simples. Ele brota em algum momento e se encaixa no texto, como a peça certa de um quebra-cabeça. Outras vezes é uma tortura, pois nada parece servir e é preciso mudar e mudar, até de fato encontrar o título que condiz com o texto.… Continuar lendo PARTILHA
O SORRISO
Chegou a hora de escrever a crônica e fiquei zanzando atrás do tema, como um beija-flor em busca de néctar. Pulei de flor em flor, mas não consegui decidir. Achei melhor então optar por uma trégua, uma paz provisória, algo como dar um tempo num namoro... A mente adora um refresco. Foi assim que abdiquei… Continuar lendo O SORRISO
SERENIDADE
— Coisa estranha. — comentou meu amigo, amuado. — O que foi? — perguntei, querendo dar a ele a oportunidade de desabafar. — Conheci uma menina naquela festa de ontem. Dancei com ela umas três músicas. Tinha um sorriso lindo. Peguei o nome dela e anotei o telefone. Devo dizer que corriam os anos 1960,… Continuar lendo SERENIDADE
ESCURIDÃO
Normalmente a gente se preocupa com as coisas ameaçadas de extinção em nosso mundo. O que possa fazer falta, claro. Imagino que ninguém há de lutar contra a extinção de uma doença ou de algo que foi substituído com vantagens por outra coisa mais interessante e prática, como o computador fez com a máquina de… Continuar lendo ESCURIDÃO
ADESTRAMENTO
Eu tenho implicância com a palavra adestramento. É uma das poucas que não me agradam na língua portuguesa. Para começo de conversa, acho a pronúncia complicada. Exige um certo malabarismo da língua contra o céu da boca. Um estrangeiro, por exemplo, está praticamente impedido de exercer o ofício de adestrador em países de língua portuguesa… Continuar lendo ADESTRAMENTO
INTERESSANTE
Há cerca de 5 anos, fui com minha mãe abrir uma conta corrente num grande banco, em Copacabana. Ela precisava ser titular de conta bancária para receber a parte em dinheiro da herança de meu pai. Como os valores a serem herdados já estavam no tal banco, concluí que melhor seria abrir ali mesmo uma… Continuar lendo INTERESSANTE
AMIGO É PARA ESSAS COISAS
Esta semana, em 20 de julho, comemorou-se o dia do amigo. Não sei se é uma comemoração municipal, estadual, nacional, internacional ou mundial, mas sei que é sensacional! Coisa maravilhosa ter amigos e um dia por ano para homenageá-los. Não se preocupe o leitor que de modo algum farei citações de frases clichês, ou mensagens… Continuar lendo AMIGO É PARA ESSAS COISAS
VIZINHO PERIGOSO
As ruas de uma cidade só deviam ter prédios de um lado. Assim todos teriam uma vista mais ampla, melhor ventilação e, principalmente, privacidade dentro de sua própria casa. A privacidade é um tesouro; sem ela a liberdade fica pequenina... Desde a invenção dos apartamentos tivemos que nos adaptar a viver em compartimentos verticais, amontoados… Continuar lendo VIZINHO PERIGOSO
BALANÇO
Depois que meu neto nasceu, há pouco mais de dois anos, meus olhos são atraídos para as crianças de um modo mais terno e intenso. Passam crianças num carrinho de bebê e me lembro dele em seus primeiros meses. Passam crianças correndo e me lembro dele agora, sempre disparado, parecendo que aprendeu a correr mais… Continuar lendo BALANÇO
SILÊNCIO
Às vezes tenho a impressão que faço parte de uma minoria diminuta. Sou daqueles que precisam em alguns momentos do dia e durante toda a noite, de algo cada vez mais raro em nossos dias: o silêncio. É possível que não seja uma minoria diminuta, mas apenas uma minoria silenciosa... Vivemos hoje em meio à… Continuar lendo SILÊNCIO
O SAPO
Éramos 16 jovens, todos recém-chegados à desejada idade de 18 anos. Naquela época, anos 70, na nossa faixa etária as coisas funcionavam mais ou menos assim: a gente completava 18 anos, soprava a velinha e no dia seguinte saía correndo para assistir um filme com esta classificação. Era a superação do proibido, a idade da… Continuar lendo O SAPO
O PRESENTE
Comecei a escrever com um tema em mente, mas diante do teclado a indisciplinada inspiração recusou-se a entregar-me até mesmo a primeira frase. Fiquei naquele escreve e apaga e logo entendi que, com a proximidade do meu aniversário, a inspiração queria falar sobre isso. Já aprendi que é inútil tentar contrariá-la. Escarafunchei a memória atrás… Continuar lendo O PRESENTE
QUE PERIGO!
Viver é muito perigoso. Esta é uma obviedade que às vezes esquecemos. Basta estarmos vivos e é certo que teremos sobre nós, inexoravelmente, um conjunto enorme de riscos. É compreensível e até recomendável buscarmos um nível razoável de segurança, tentando ser corajoso sem ser imprudente, especialmente na juventude ou buscando ser precavido sem chegar a… Continuar lendo QUE PERIGO!
NO SAPATINHO
Acabei de ler um livro e fui guardar no armário. Foi quando me deparei com um par de sapatinhos metalizados. Eram os sapatos que eu usava quando tinha uns 2 ou 3 anos. Meus pais mandaram metalizar em bronze e estão perfeitos até hoje, mais de 60 anos depois. Uma decorativa recordação que guardo com… Continuar lendo NO SAPATINHO